Exercícios do Método Pilates com inversão no sentido do torque de resistência : efeitos na variabilidade da pelve e ativação muscular do tronco
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Data
2019Autor
Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Apesar do crescente número de pesquisas sobre o Método Pilates, os efeitos da carga externa e de suas variações na atividade eletromiográfica do tronco, e em sua variabilidade ainda não estão claros. A proposta do presente estudo foi avaliar os efeitos de inversões no sentido do torque de resistência na ativação do Power House e na variabilidade da pelve durante execução de exercícios do Método Pilates. Foram avaliados 26 praticantes experientes (33,3 ± 7,9 anos; 64,9 ± 9,7 Kg; 1,66 ± 0,86 m e ...
Apesar do crescente número de pesquisas sobre o Método Pilates, os efeitos da carga externa e de suas variações na atividade eletromiográfica do tronco, e em sua variabilidade ainda não estão claros. A proposta do presente estudo foi avaliar os efeitos de inversões no sentido do torque de resistência na ativação do Power House e na variabilidade da pelve durante execução de exercícios do Método Pilates. Foram avaliados 26 praticantes experientes (33,3 ± 7,9 anos; 64,9 ± 9,7 Kg; 1,66 ± 0,86 m e 6,8 ± 3,6 anos de prática) realizando 9 exercícios em 2 situações: com inversão no sentido do torque de resistência (CI) e sem inversão (SI). Foram testadas a ativação eletromiográfica dos músculos reto abdominal (RA), oblíquo interno (OI), oblíquo externo (OE), multífido (MU), longuíssimo (LG), e iliocostal (IL). A variabilidade da pelve foi avaliada por cinemetria, estimada em três movimentos (ante-retroversão, inclinação lateral e rotação). A normalidade dos dados foi rejeitada pelo teste de Shapiro-Wilk. Utilizou-se múltiplos testes de Wilcoxon para comparar as situações SI e CI em cada músculo e em cada movimento da pelve. Uma vez que todos apresentaram diferença o restante da análise seguiu separando os dados SI dos CI, de forma que foram realizadas múltiplas ANOVAs de Friedman. Quando houve, para análise das diferenças entre os níveis, foram utilizados testes post hoc de comparação aos pares pelo teste de Wilcoxon, com correção de Bonferroni. Foi adotado α=0,05. Para todos os movimentos, ante-retroversão, inclinação e rotação, a variabilidade da pelve foi mais alta na situação SI do que na situação CI apresentando baixo tamanho de efeito [(T = 7973,50; p < 0,05; r = 0,13), (T = 7911,00 p < 0,05; r = 0,13) e (T = 5823,50; p < 0,001; r = 0,25)], respectivamente. Da mesma forma, para todos os músculos a ativação foi mais alta na situação SI. O OE apresentou grande tamanho de efeito (T = 212,00; p < 0,001; r = 0,60), já os músculos IL, RA e LG apresentaram moderado tamanho de efeito [(T = 1376,50; p < 0,001; r = 0,55), (T = 2099,50; p < 0,001; r = 0,52) e (T = 5215,50; p < 0,001; r = 0,38)], respectivamente. Por fim, o OI e o MU apresentaram baixo tamanho de efeito [(T = 7526,00; p < 0,001; r = 0,28) e (T = 9723,00; p < 0,001; r = 0,18)], respectivamente. A partir dos resultados, pode--se concluir que o torque de inversão gera menor ativação nos músculos do core e menor variabilidade da pelve, de forma que maiores valores de torque resistivo impostos ao esqueleto apendicular geram maior ativação nos músculos do core e maior variabilidade da pelve do que um torque menor, mesmo quando este apresenta inversão em seu sentido. ...
Abstract
Despite the ongoing increase in research regarding the Pilates Method, the effects imposed by external loads and its variations on the trunk’s electromyographic activity and stability remain unclear. The present study aimed to evaluate the effects of inversions in the resistance torque direction on Power House activation and pelvis variability during Pilates Method exercises. 26 experienced practitioners (33.3 ± 7.9 years; 64.9 ± 9.67 Kg; 1.66 ± 0.86 m e 6.8 ± 3.61 years of Method experience) w ...
Despite the ongoing increase in research regarding the Pilates Method, the effects imposed by external loads and its variations on the trunk’s electromyographic activity and stability remain unclear. The present study aimed to evaluate the effects of inversions in the resistance torque direction on Power House activation and pelvis variability during Pilates Method exercises. 26 experienced practitioners (33.3 ± 7.9 years; 64.9 ± 9.67 Kg; 1.66 ± 0.86 m e 6.8 ± 3.61 years of Method experience) were accessed performing 9 exercises in two different situations: with inversion in the directions of the resistance torque (WI) and without inversion (NI). Electromyographic activation was tested for the muscles: rectus abdominis (RA), internal oblique (IO) external oblique (EO), multifidus (MU), longissimus dorsi (LG) and iliocostalis (IL). The pelvis variability was tested using kinemetry, estimating tree different movements (ante-posterior tilt, lateral inclination and rotation). Normality was rejected, therefore, multiple Wilcoxon tests were performed to compare WI and NI situations on each muscle and each pelvis movement. Since all comparisons showed statistical difference the analysis followed by testing WI and NI separately. For that, multiple repeated measure Friedman’s ANOVAs and one repeated measures ANOVA were performed. To analyze the difference between levels, Wilcoxon’s post hoc tests with Bonferroni correction were used to compare each pair of exercises. α=0,05 was adopted for every comparison. In all pelvis movement (ante-posterior tilt, lateral inclination and rotation) the variability was higher in the NI situation than in WI, showing a small effect size [(T = 7973.50, p < 0.05, r = 0.13), (T = 7911.00 p < 0.05, r = 0.13) and (T = 5823.50, p < 0.001, r = 0.25, respectively)]. In the same way, all muscle activation was higher in the NI situation than in WI. The EO presented a large effect size (T = 212.00, p < 0.001, r = 0.60), IL, RA and LG presented a moderate effect size [(T = 1376.50, p < 0.001, r = 0.55), (T = 2099.50, p < 0.001, r = 0.52) and (T = 5215.50, p < 0.001, r = 0.38)], respectively, IO and MU presented a low effect size [(T = 7526.00, p < 0.001, r = 0.28) and (T = 9723.00, p < 0.001, r = 0.18)], respectively. With the results shown it is possible to conclude that the torque inversion generates a lower Core activation and also a lower variability in the pelvis, in a way that higher resistance torque values imposed do the appendicular skeleton generate a higher Core activation and a greater variability in the pelvis even when an direction reversal is occurring with the torque. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano.
Coleções
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Ciências da Saúde (9084)
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