Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
Fecha
2018Tutor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Na atualidade as Relações de Trabalho encontram-se fragilizadas. Elementos diversos contribuem para a precarização das mesmas. Afora isso, a violência urbana e a criminalidade que crescem de modo vertiginoso têm invadido o espaço de trabalho, adentrando o campo das Relações de Trabalho. Esta dissertação aborda a violência urbana no trabalho, a partir de um estudo de caso num pequeno município do norte do Rio Grande do Sul. Buscou compreender como o trabalhador vivencia um episódio de violência ...
Na atualidade as Relações de Trabalho encontram-se fragilizadas. Elementos diversos contribuem para a precarização das mesmas. Afora isso, a violência urbana e a criminalidade que crescem de modo vertiginoso têm invadido o espaço de trabalho, adentrando o campo das Relações de Trabalho. Esta dissertação aborda a violência urbana no trabalho, a partir de um estudo de caso num pequeno município do norte do Rio Grande do Sul. Buscou compreender como o trabalhador vivencia um episódio de violência urbana durante o exercício de seu trabalho. A presente pesquisa é de natureza exploratória e de caráter qualitativo. A entrevista semiestruturada foi usada como técnica de coleta de dados com os trabalhadores. A análise das mesmas permitiu identificar como o trabalhador vive o momento do assalto, o retorno ao local para atender as burocracias necessárias e a volta à rotina. Neste contexto foi possível perceber que o sujeito passa pelo susto (que o invade de angústia) pelo medo durante o assalto e o medo de que possa ocorrer novamente a qualquer momento. Passa então a viver a angústia sinal, em estado de alerta sente que não há como se proteger. Ademais, analisando o imbricamento entre o episódio e as Relações de Trabalho, foi possível verificar que o trabalhador percebe que o Estado, as entidades de classe e a empresa não podem resguardá-lo da violência urbana no trabalho, bem como nem sempre agem para amenizar as consequências. Há também as consequências para a família, para a relação do sujeito com a carreira e para a saúde mental. A violência urbana no trabalho acarreta uma sobrecarga psíquica, cujo não reconhecimento também é danoso para a saúde mental do trabalhador. Fato que se soma as demais exigências da atual organização do trabalho - deixando o sujeito desamparado - constituindo mais uma forma de precarização das Relações de Trabalho. ...
Abstract
Presently the Labor Relations are weakened. Various elements contribute to their precariousness. Aside from this, urban violence and crime that has grown rapidly has invaded the work space, coming in the field of Labor Relations. This paper approaches urban violence at work, based on a case study conducted in a town located at north countryside of Rio Grande do Sul state. The goal was to understand how the worker experiences an episode of urban violence during the exercise of his/her work. The ...
Presently the Labor Relations are weakened. Various elements contribute to their precariousness. Aside from this, urban violence and crime that has grown rapidly has invaded the work space, coming in the field of Labor Relations. This paper approaches urban violence at work, based on a case study conducted in a town located at north countryside of Rio Grande do Sul state. The goal was to understand how the worker experiences an episode of urban violence during the exercise of his/her work. The present research is exploratory in nature and qualitative. The semi-structured interview was used as a data collection technique. The analysis of data allowed to identify how the worker lives the moment of the attack, the return to the attack place in order to attend the necessary bureaucracies and the return to their routine. In this context it was possible to note that the individuals live the fear (that invades of anguish) by the fear feelings during the assault and the panic that it can happen again at any moment. He goes on to live the signal anguish, in a state of alert where he feels that there is no way to protect himself. In addition, analyzing the relationship between the related episode and the Labor Relations, it was possible to verify that the worker realizes that the government, the legal entities and the company cannot protect them from urban violence at work, nor do they always act to soften its consequences. There are also consequences for the family, for the individual´s relationship to career and for mental health. Urban violence at work entails a psychic overload, where the non-recognition is also damaging to the worker´s mental health. This fact adds to the other demands of the current work organization - leaving the subject helpless - constituting another model of precariousness of Labor Relations. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Administração. Programa de Pós-Graduação em Administração.
Colecciones
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Ciencias Sociales Aplicadas (6100)Administración (1961)
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