Avaliação do possível efeito neuroprotetor da metformina nas alterações neuroquímicas astrocitárias induzidas pelo metilglioxal
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2018Author
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Graduation
Abstract in Portuguese
Diabetes mellitus (DM), caracterizada como uma doença metabólica que afeta o nível de glicose no sangue, o metabolismo lipídico e proteico, se encontra na lista de doenças consideradas epidemias deste século e conta com a metformina (Met) como tratamento de primeira escolha. O excesso de glicose intracelular sobrecarrega a cadeia mitocondrial de transporte de elétrons, gera espécies reativas de oxigênio (EROs) e desencadeia distúrbios na via glicolítica, o que leva a síntese de metilglioxal (MG ...
Diabetes mellitus (DM), caracterizada como uma doença metabólica que afeta o nível de glicose no sangue, o metabolismo lipídico e proteico, se encontra na lista de doenças consideradas epidemias deste século e conta com a metformina (Met) como tratamento de primeira escolha. O excesso de glicose intracelular sobrecarrega a cadeia mitocondrial de transporte de elétrons, gera espécies reativas de oxigênio (EROs) e desencadeia distúrbios na via glicolítica, o que leva a síntese de metilglioxal (MG), que através do processo de glicação forma Advanced Glycation Endproducts (AGEs). O MG sofre ação do sistema glioxalase, uma via metabólica que o detoxifica e conta com a enzima glioxalase 1 (GLO1). Dentre as células do tecido cerebral encontram-se os astrócitos, responsáveis pela defesa contra o estresse oxidativo e pela síntese de glutamato e glutationa (GSH). O glutamato é o neurotransmissor excitatório majoritário no sistema nervoso central (SNC) e a GSH funciona no processo de detoxicação celular. Com isso, distúrbios no metabolismo de GSH e toxicidade do glutamato estão associados às doenças neurológicas, como Doença de Alzheimer (DA). Para avaliar o efeito da metformina foram utilizadas fatias hipocampais de 20 ratos Wistar machos, com 30 dias de idade e foram realizados os ensaios de: atividade GLO1, integridade e viabilidade celular, conteúdo de GSH e de DCF, captação de glutamato, atividade da enzima glutamina sintetase (GS), medida de S100B, dosagem de proteína e análise estatística. Nos tratamentos com MG e MG co-incubado com Met não foram observadas alterações na redução de MTT, na oxidação de DCF e na atividade da GS. O tratamento com MG aumentou a atividade da enzima GLO1 e esse aumento se manteve no tratamento concomitante com Met. O MG diminuiu a secreção de S100B e a atividade da enzima lactato desidrogenase (LDH), e essa diminuição se manteve quando o tratamento foi concomitante com Met. Foi observada diminuição na captação de glutamato na presença de MG e a Met foi capaz de reverter esse resultado. Em relação ao conteúdo de GSH, na presença de MG houve aumento e a Met foi capaz de reverter essa elevação. Neste estudo não foi possível identificar com clareza o motivo do MG diminuir a captação de glutamato, sendo necessários mais experimentos para esclarecimentos maiores. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
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