Show simple item record

dc.contributor.advisorMoschen, Simone Zanonpt_BR
dc.contributor.authorDantas, Tatianne Santospt_BR
dc.date.accessioned2019-05-18T02:37:06Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/194381pt_BR
dc.description.abstractEsta dissertação relaciona os caminhos da criação literária à noção de desmarginação, cunhada por Elena Ferrante, na tetralogia napolitana. A desmarginação é um neologismo inventado por uma das personagens principais desse romance com o intuito de nomear uma sensação que experimenta, mais de uma vez, de perder as margens, de dissolver as fronteiras entre si e seu entorno. Essa experiência indica um processo que propomos estar em causa na criação literária o que permite a esse estudo destacar a desmarginação como um operador conceitual que decanta da ficção de Ferrante, especialmente quando a fazemos conversar com Maurice Blanchot, nos livros A parte do fogo, O espaço literário e O livro por vir. Na história da série napolitana, a narradora Elena Greco começa a escrever os livros que temos em mãos como uma forma de criar um lugar simbólico para o vazio deixado por sua melhor amiga, Lila Cerullo, que desapareceu sem deixar vestígios. Na rememoração da vida que as duas tiveram juntas, acompanhamos alguns acontecimentos que testemunham o processo de tornar-se de escritora de Elena como um desdobramento do que restou inassimilável da relação com a amiga. Junto com Blanchot, a psicanálise nos ajuda a olhar para as nuances dessa relação e abre o caminho para pensarmos a personagem Lila como localização da desmarginação, um movimento que propomos inerente à literatura, com a qual quem escreve precisa, em algum momento, se encontrar.pt_BR
dc.description.abstractThis dissertation puts forth a study on literary creation as manifested in the work of Elena Ferrante, mainly the famously known Neapolitan novels. The investigation stems from smaginatura, a word invented by one of the main characters in the novels to name a sensation compared to dissolving margins, what establishes in the narrative a paradigm to think literary creation. We take, then, smaginatura as a theoretical operator, dwelling mainly on it through a conversation with Maurice Blanchot in his works The work of Fire, The Space of Literature and The Book to Come. In the Neapolitan novels, Elena Greco is both the narrator and the writer of these same novels. She writes them to symbolically occupy the void left by her best friend, Lila Cerullo, who disappears without leaving vestiges. In these remembrances of the life they had together, we attest the becoming of Elena the writer as a consequence of Elena the friend of Lila Cerullo. Psychoanalysis helps us to look at the nuances of this relationship, making it possible to think Lila and her smaginatura as a movement inherent to literary creation, as well as inescapable for whoever attempts to write literature.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSmarginaturaen
dc.subjectPsicanalise e literaturapt_BR
dc.subjectPsychoanalysisen
dc.subjectMaurice Blanchoten
dc.subjectElena Ferranteen
dc.subjectLiterary Creationen
dc.title“Ali onde está o assombro” : desmarginação e criação literária na tetralogia de Elena Ferrantept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001092984pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Culturapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Files in this item

Thumbnail
   

This item is licensed under a Creative Commons License

Show simple item record