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Validação relativa de período recordatório em estudos de utilização de medicamentos
dc.contributor.advisor | Dal Pizzol, Tatiane da Silva | pt_BR |
dc.contributor.author | Pagano, Cassia Garcia Moraes | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2019-05-15T02:37:46Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2013 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/194226 | pt_BR |
dc.description.abstract | Nos estudos farmacoepidemiológicos, informações autorrelatadas obtidas por meio de questionário são comumente usadas como medida da exposição a medicamentos. Porém, dados coletados através do autorrelato retrospectivo estão sujeitos ao erro recordatório, podendo levar a erros nas estimativas. Um dos fatores que pode afetar a acurácia dos dados obtidos por este método é a capacidade do respondente em recordar de maneira fiel a utilização de medicamentos num certo período de tempo. Existe grande variação do período recordatório adotado em estudos de utilização de medicamentos, sendo o período de 14 dias o mais usual. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade relativa de três períodos recordatórios diferentes, sete, 14 e 30 dias, para o autorrelato do uso de medicamentos, utilizando como referência um recordatório de 24 horas. Foi realizado um estudo transversal no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde os participantes foram alocados, aleatoriamente, em três grupos de acordo com os períodos recordatórios de sete, 14 e 30 dias e entrevistados em dois momentos distintos, respondendo a um recordatório de 24 horas na primeira entrevista e a um questionário sobre o uso de medicamentos num período determinado conforme o grupo de alocação, na segunda entrevista. As concordâncias foram avaliadas comparando os dois questionários por kappa e percentual de concordância. Dos 360 participantes que responderam ao recordatório de 24 horas na primeira entrevista, 299 completaram o estudo ao responderem ao segundo questionário. A distribuição das características sociodemográficas e das prevalências de uso de medicamentos foi semelhante entre os grupos avaliados. O percentual de concordância variou entre 92 a 99% para os medicamentos de uso contínuo e entre 63 a 81% para os de uso eventual nos três períodos recordatórios. O coeficiente kappa variou de 0,92 a 0,97 no período recordatório de sete dias, 0,82 a 0,90 em 14 dias e 0,71 a 0,81 em 30 dias para os medicamentos de uso contínuo. Para os medicamentos de uso eventual, o coeficiente kappa oscilou entre 0,27 a 0,52 nos três períodos avaliados. Não houve diferença de concordância entre os três períodos recordatórios avaliados quando comparados ao recordatório de 24 horas. A concordância foi muito boa para os medicamentos de uso contínuo nos três períodos recordatórios, mas baixa para os medicamentos de uso eventual. Dessa maneira, a análise de concordância sugere que os três períodos recordatórios avaliados são válidos para a investigação da utilização de medicamentos de uso contínuo. Para os medicamentos de uso eventual, ainda são necessários mais estudos a fim de avaliar o período recordatório ideal. Para a determinação do período recordatório ideal deve-se levar em consideração, principalmente, a frequência de uso dos medicamentos a serem investigados. Na avaliação de medicamentos de uso contínuo, o período recordatório parece não influenciar nas estimativas das prevalências e o erro recordatório teria magnitude de efeito pequena sobre a sua subestimação. Para os medicamentos de uso eventual, o período recordatório adotado influencia as estimativas de prevalência do uso de medicamentos e o erro recordatório pode estar relacionado à sua subestimação. Sugere-se a adoção de um período recordatório de 14 ou 15 dias, facilitando futuras comparações entre estudos, especialmente para a investigação de medicamentos de uso contínuo. | pt_BR |
dc.description.abstract | In pharmacoepidemiological studies, information obtained through selfreported questionnaires are commonly used as a measure of exposure to drugs. However, data collected through retrospective self-reports are subject to recall bias, which can lead to errors in the estimates. One of the factors that may affect the accuracy of the data obtained by this method is the ability of the respondent to recall faithfully medicine use in a certain period of time. There is great variation in the recall period adopted in studies of drug use, and a period of 14 days as usual. The aim of this study was to assess the relative validity of three different recall periods, seven, 14 and 30 days for the self-report of drug use, using as reference a 24-hour recall. We conducted a cross-sectional study on the campus of the Federal University of Rio Grande do Sul, where participants were randomly allocated into three groups according to the recall periods of seven, 14 and 30 days and interviewed at two different times, responding to a 24-hour recall in the first interview and a questionnaire on the use of medicines in a given period as the group allocation, the second interview. The agreements were assessed by comparing the two questionnaires kappa and percentage agreement. Of the 360 participants who responded to the 24-hour recall in the first interview, 299 completed the study to answer the second questionnaire. The distribution of sociodemographic characteristics and the prevalence of drug use was similar between the groups. The percentage of agreement ranged between 92 to 99% for prescription drugs continuously and between 63 to 81% for the acute use of the three recall periods. The kappa coefficients ranged from 0.92 to 0.97 in the recall period of seven days, from 0.82 to 0.90 in 14 days and from 0.71 to 0.81 in 30 days for prescription drugs continuously. To use any of the drugs, the kappa coefficient ranged from 0.27 to 0.52 during the three periods. There was no difference of agreement between the three recall periods when compared to the 24-hour recall. The agreement was very good for continuous use of the drugs in the three recall periods, but low for the acute use of medicines. Thus, the concordance analysis suggests that the three recall periods are for research use of prescription drugs continuously. To use any of the medications, although more studies are needed to assess the optimal recall period. To determine the ideal recall period should take into account mainly the frequency of use of the drugs to be investigated. In the evaluation of medicinal products for continuous use, the recall period does not influence the estimates of the prevalence and magnitude of recall bias would have little effect on its underestimation. To medicines for acute use, the recall period adopted influences the estimates of prevalence of drug use and recall bias may be related to its underestimation. It is suggested the adoption of a recall period of 14 or 15 days, facilitating future comparisons between studies, especially for the investigation of prescription drugs continuously. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Farmacoepidemiologia | pt_BR |
dc.subject | Estudo de validação | pt_BR |
dc.subject | Preparações farmacêuticas | pt_BR |
dc.title | Validação relativa de período recordatório em estudos de utilização de medicamentos | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | Mengue, Sotero Serrate | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 000879246 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Medicina | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2013 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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