"Morreram? Quem disse, se vivos estão" : a memória do massacre da Linha do Parque – Rio Grande/RS

Abstract

A memória pode ser um meio no qual grupos sociais constroem suas identidades e legitimam seus atos. Dentre esses grupos sociais, encontram-se partidos políticos, em que, para além de suas plataformas e ideologias, há uma relação identitária intrínseca entre seus membros. Partindo dessa premissa, o objetivo dessa monografia é analisar a memória construída pelos membros do Partido Comunista do Brasil em relação ao movimento sindical do período da Quarta República, pautado, principalmente nas homenagens às vítimas do Massacre da Linha do Parque. No tocante a forma de pesquisa, foram utilizadas fontes primárias e bibliografia relacionada, assim como a escolha da etnografia enquanto método de coleta de dados e investigação. O trabalho propõe, portanto, observar o Massacre da Linha Parque em sua transformação de trauma a discurso político, analisando a construção de sua narrativa e manifestações de sua memória.

Memory can be a means in which social groups construct their identities and legitimize their actions. Among these social groups are political parties, in which, in addition to their platforms and ideologies, there is an intrinsic identity relationship between their members. According to this idea the purpose of this monograph is to analyze the memory constructed by the members of the Communist Party of Brazil in relation to the trade union movement of the Fourth Republic, based mainly on the homage to the victims of the Linha do Parque's Massacre. Regarding the form of research, it was used primary sources and related bibliography, as was the choice of ethnography as a method of data collection and investigation. The work proposes, therefore, to observe the Linha do Parque's Massacre in its transformation from trauma to political discourse, analyzing the construction of its narrative and manifestations of its memory.