O bloco no poder nos governos Dilma Rousseff (2011-2016) : crise e influências na política externa
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A dissertação pretende analisar as relações entre bloco no poder e análise de política externa. Discute-se como as transformações no bloco no poder vigente ao longo dos governos de Dilma Rousseff tiveram influência na forma e atos da política externa entre os anos de 2011 e 2016. Para tanto, aborda-se a estrutura socioeconômica contemporânea brasileira de modo a aferir o padrão vigente de acumulação e reprodução do capital. Entende-se que o bloco no poder se constitui enquanto uma unidade contr ...
A dissertação pretende analisar as relações entre bloco no poder e análise de política externa. Discute-se como as transformações no bloco no poder vigente ao longo dos governos de Dilma Rousseff tiveram influência na forma e atos da política externa entre os anos de 2011 e 2016. Para tanto, aborda-se a estrutura socioeconômica contemporânea brasileira de modo a aferir o padrão vigente de acumulação e reprodução do capital. Entende-se que o bloco no poder se constitui enquanto uma unidade contraditória de classes e frações de classe que buscam estender sua dominação sobre o restante da sociedade civil e política. Analisa-se os interesses em matéria de política externa das frações burguesas presentes no bloco no poder, tais como a fração industrial, a agrária e a bancário-financeira. Argumenta-se que fatores internos e externos provocaramumaruptura entre estas frações burguesas e a coalizão desenvolvimentista até então no poder, capitaneada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A eclosão das crises econômica, política e social, desde 2013, pavimentou o caminho para a ruptura e deslocamento subsequente do bloco no poder no ano de 2016. Neste percurso, a política externa apresentou uma diminuição do seu perfil autonomista, um viés curto-prazista instrumental e uma maior oscilação nas suas ações. A dissertação conclui que houve uma rearticulação e manutenção da hegemonia da fração financeira da burguesia no seio do bloco no poder no período. ...
Abstract
This dissertation aims to analyze the relations between the power bloc and foreign policy analysis. It is discussed how the transformations in the power bloc in force throughout the administrations of President Dilma Rousseff had influence over the form and acts of foreign policy from 2011 to 2016. For that, it is approached the contemporary brazilian socioeconomic structure so as to measure the current pattern of accumulation and reproduction of capital. It is understood that the power bloc co ...
This dissertation aims to analyze the relations between the power bloc and foreign policy analysis. It is discussed how the transformations in the power bloc in force throughout the administrations of President Dilma Rousseff had influence over the form and acts of foreign policy from 2011 to 2016. For that, it is approached the contemporary brazilian socioeconomic structure so as to measure the current pattern of accumulation and reproduction of capital. It is understood that the power bloc constitutes as a contradictory unit of classes and fractions of classes that seek to extend its domination over the rest of civil and political society. It is analyzed the interest in the field of foreign policy of the bourgeois factions present in the power bloc, such as the industrial fraction, agrarian and the banking-financial. It is argued that internal and external factors had caused a rupture between these bourgeois fractions and the developmentalist coalition in power, led by the Workers' Party (PT). The outbreak of economic, political and social crises since 2013 paved the way for the rupture and subsequent displacement of the bloc in power in the year of 2016. In this course, foreign policy presented a reduction of its autonomist profile, a short-term instrumental trend and greater oscillation in their actions. This dissertation concludes that there was a rearticulation and the maintenance of the hegemony of the financial fraction of the bourgeoisie within the power bloc at the period for maintaining and strengthening the hegemony of the banking-financial fraction within the post-crisis bloc. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6100)
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