A precarização tem gênero e raça : um estudo sobre a terceirização na UFRGS

Abstract

Este trabalho faz uma análise sobre a terceirização na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), expondo uma forma de trabalho precarizado particularizando as opressões de gênero e raça. Buscamos o método materialista histórico-dialético, através de sucessivas aproximações com a empiria, que foi realizada de três formas, a cadeira Seminário: Educação, Trabalho e Profissão (EDU 3030) da Faculdade de Educação da UFRGS, ministrada pela professora Laura Fonseca; o Grupo de Trabalho em Terceirização, construído por trabalhadoras/es terceirizadas/os, técnicas/os, professoras/es e estudantes a partir das lutas de 2016; e o Grupo Trabalho e Formação Humana (GTFH), grupo acadêmico vinculado à Faculdade de Educação da UFRGS. Realizando uma pesquisa qualitativa e quantitativa; nos valendo de instrumentos como a análise de entrevistas, apontamentos das aulas e reportagens das mídias alternativas e corporativas. Analiso a relação entre trabalho e educação, e o quanto a terceirização impacta na permanência das/os estudantes na universidade, pesquiso as empresas que prestam serviços terceirizados na UFRGS, quais os serviços que são prestados, como se dá o vínculo das/os trabalhadoras/es terceirizadas/os, seus direitos, relações de trabalho e quem são essas/es trabalhadoras/es. A partir disso, investigo a relação do gênero e raça com o posto de trabalho. Foram aplicados questionários com perguntas abertas, é importante ressaltar que nenhum/uma trabalhador/a é identificado com nome ou local de trabalho. Exponho também as lutas das/os trabalhadoras/es terceirizadas/os na universidade pelo pagamento de seus salários e benefícios. O referencial teórico de dará a partir da origem da exploração do homem pelo homem e da perversidade da exploração da mulher negra, a sociedade capitalista, flexibilização do trabalho, neoliberalismo, ajuste fiscal e contrarreformas da previdência, trabalhista e lei geral da terceirização.

This academic work review the outsourced work at Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), exposing a problematic form of work distinguished by the oppression of gender and race. Searching the dialectical historical materialist method, through of successive approximations with empirical evidence, which was fulfilled in three forms: the Seminary Education, Work and Profession (EDU3030) from Education Faculty of UFRGS, ministered by professor Laura Fonseca; the Working Group on Outsourcing, formed by outsourced workers, technicians, professors and students, which started after the struggles in 2016; and the Work and Human Formation Group (GTFH), academic group linked to Education Faculty of UFRGS. Conducting qualitative and quantitative research, using as tools: interview analysis, class notes and reports of alternative and corporate media. I analyze the relationship between work and education and how much outsourcing impacts in the students permanency. I research the companies providing outsourced services at UFRGS, what services are provided, how the contract of outsourced workers happen, the work relationships, who are these workers and what are their rights. From this I investigate the relation between gender, race and job position. Questionnaires with open questions were applied. It is important to highlight than no worker is identified by name or workplace. I also reveal the struggles of outsourced workers in the university for payment of their salaries and benefits. The theoretical framework starts at the origin of man's exploration by man, the perversity of exploration of the black woman, the capitalist society, flexibilization of work, neoliberalism, budgetary adjustment, social security reform, labor reform and general law of outsourcing.