Zonas fronteiriças : ética, etnografia e o cristianismo "repugnante"
Fecha
2018Autor
Materia
Resumo
Investigo, neste estudo, o relacionamento problemático entre a antropologia e o cristianismo conservador, representado pelo Pentecostalismo ligado à Teologia da Prosperidade. Meu interesse não está apenas nos complexos limites erigidos entre a prática social científica e a religiosa, mas também nas formas como ambas envolvem a construção de orientações éticas para o mundo, orientações essas que são persistentemente construídas pela implantação de fronteiras que atuam entre o primeiro e o segund ...
Investigo, neste estudo, o relacionamento problemático entre a antropologia e o cristianismo conservador, representado pelo Pentecostalismo ligado à Teologia da Prosperidade. Meu interesse não está apenas nos complexos limites erigidos entre a prática social científica e a religiosa, mas também nas formas como ambas envolvem a construção de orientações éticas para o mundo, orientações essas que são persistentemente construídas pela implantação de fronteiras que atuam entre o primeiro e o segundo plano da perspectiva ética. Uma das implicações do meu argumento é que precisamos prestar mais atenção na temporalidade do enquadramento ético da ação. A outra é que a antropologia deve reconhecer o aspecto fragmentado, e até mesmo irônico e lúdico, da prática pentecostal. ...
Abstract
I explore the troubled relationship between anthropology and conservative Christianity, represented here by Prosperity-oriented Pentecostalism. My interest is not only in the complex boundaries erected between social scientific and religious practice, but also in the ways both involve the construction of ethical orientations to the world that are chronically constituted by the deployment of boundaries that play on movements between the foregrounding and backgrounding of ethical standpoints. One ...
I explore the troubled relationship between anthropology and conservative Christianity, represented here by Prosperity-oriented Pentecostalism. My interest is not only in the complex boundaries erected between social scientific and religious practice, but also in the ways both involve the construction of ethical orientations to the world that are chronically constituted by the deployment of boundaries that play on movements between the foregrounding and backgrounding of ethical standpoints. One implication of my argument is that we need to consider more carefully the temporality of ethical framing of action. Another is that anthropology must acknowledge the fragmented, even ironic and playful, aspects of Pentecostal practice. ...
En
Debates do NER. Porto Alegre, RS. Vol. 19, n. 33 (jan./jul. 2018), p. [271]-312
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