Efeito da angiotensina 1-7 em linhagem de cardiomiócitos H9C2 tratados com metilglioxal
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2017Author
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Pacientes diabéticos tem elevadas chances de desenvolver complicações cardiovasculares. O metilglioxal (MGO), aumentado na diabetes, é um subproduto tóxico da glicólise que parece ter papel importante na fisiopatologia das doenças cardiovasculares. Esta molécula é responsável por modificar biomoléculas, formar produtos finais de glicação avançada (AGEs) e desencadear respostas intracelulares por receptores específicos, como ativar o sistema renina-angiotensina tecidual que, pela angiotensina II ...
Pacientes diabéticos tem elevadas chances de desenvolver complicações cardiovasculares. O metilglioxal (MGO), aumentado na diabetes, é um subproduto tóxico da glicólise que parece ter papel importante na fisiopatologia das doenças cardiovasculares. Esta molécula é responsável por modificar biomoléculas, formar produtos finais de glicação avançada (AGEs) e desencadear respostas intracelulares por receptores específicos, como ativar o sistema renina-angiotensina tecidual que, pela angiotensina II (AngII), pode causar efeitos deletérios nas células. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito cardioprotetor da angiotensina 1-7 (Ang1-7), um peptídeo com efeito antagônico à AngII, sobre viabilidade, autofagia e apoptose de cardiomiócitos H9c2 tratados com MGO. A concentração de MGO utilizada neste estudo foi determinada pelo teste MTT, que analisa viabilidade celular. A DL50 para o MGO foi 272 μM. Utilizamos 200 μM, próximo à concentração sub-letal e capaz de alterar o fluxo autofágico celular. O efeito cardioprotetor da Ang1-7 foi testado em duas concentrações (0,1 μM e 1,0 μM) que foram comparadas aos grupos MGO e controle. Utilizamos um grupo controle positivo de morte celular, tratado com 500 μM de MGO. Os grupos receberam o tratamento por 24 horas. As análises de autofagia e apoptose foram realizadas por Western Blot, através da detecção das proteínas LC3B, p62 e caspase-3 clivada. Os dados preliminares indicam maior mortalidade das células que receberam o co-tratamento (MGO + Ang1-7) quando comparadas aos grupos de tratamento único. Observamos maior acúmulo de p62 no grupo controle positivo co-tratado. Ao avaliar apoptose, não observamos ativação em nenhum outro grupo, apenas no controle positivo. A maior mortalidade no grupo co-tratado pode estar associada à possível reação do MGO com Ang1-7, que originaria um produto tóxico, com efeitos negativos semelhantes aos AGEs, inviabilizando a molécula de Ang1-7 de desempenhar cardioproteção. O projeto prevê um número amostral maior que permitirá concluir a consistência destes dados. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
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