Viabilidade da utilização de agregado miúdo de basalto em argamassas de revestimento
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Data
2018Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
A extração de areia quartzosa de rios está sendo gradativamente impedida por órgãos ambientais, vide o dano ao ecossistema causado por tal ação. Em virtude desse fato, a utilização de agregados alternativos em concretos e argamassas é uma forte tendência, sendo estes de origem variável, de acordo com a disponibilidade da região. Neste trabalho foi avaliada a viabilidade da utilização de agregado basáltico proveniente da região da Serra do RS em argamassas de revestimento, pois além da questão a ...
A extração de areia quartzosa de rios está sendo gradativamente impedida por órgãos ambientais, vide o dano ao ecossistema causado por tal ação. Em virtude desse fato, a utilização de agregados alternativos em concretos e argamassas é uma forte tendência, sendo estes de origem variável, de acordo com a disponibilidade da região. Neste trabalho foi avaliada a viabilidade da utilização de agregado basáltico proveniente da região da Serra do RS em argamassas de revestimento, pois além da questão ambiental, esta região encontra-se distante 100 quilômetros dos locais de extração de areia quartzosa, o que eleva muito seu custo. Por se tratar de um agregado produzido com auxílio de britadores, este apresenta grande quantidade de material pulverulento, o que tende a aumentar o consumo de cimento, encarecendo a argamassa e inviabilizando sua utilização. Devido ao viés prático do trabalho, adotou-se o traço de 1:1:6 em volume de materiais secos (cimento, cal hidratada e agregado miúdo, respectivamente), sendo adotados os encontrados no comércio local, cimento CP II F-40 e cal hidratada CH III. Foram estudadas quatro argamassas, sendo a primeira constituída apenas com agregado quartzoso (argamassa REF); a segunda, com o máximo teor de finos (argamassa MTF) compreendido na zona ótima da NBR 7211 (ABNT, 2009a), que gerou a mistura dos agregados com 18% de areia basáltica; a terceira, com maior massa unitária da mistura dos agregados (MMU), que resultou em uma composição com 40% de agregado basáltico; e a quarta, composta unicamente de agregado basáltico (argamassa BAS). As argamassas foram avaliadas por meio de ensaios no estado fresco e endurecido, permitindo o entendimento da influência do agregado em ambos os casos. Verificou-se que, embora o agregado basáltico apresente grande quantidade de material pulverulento, o consumo de água e de cimento teve pequeno aumento (aproximadamente 10 litros por m³), o que indica que as alterações de comportamento da argamassa foram causadas, principalmente, pela alteração do agregado. Todos ensaios realizados apresentaram influência do agregado nas características das argamassas, no entanto, nenhuma dessas alterações apresentou resultados que impeçam a utilização do material, como por exemplo, a resistência a compressão, a qual se obteve valores com até 55% de aumento, mas dentro da faixa de utilização. Por fim, fez-se uma comparação de custo de produção das quatro argamassas, e, por conta do menor valor comercial da areia basáltica, as argamassas tiveram seu custo diminuído de acordo com o aumento de proporção deste agregado. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Curso de Engenharia Civil.
Coleções
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TCC Engenharias (5882)
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