A variabilidade da região promotora do gene OXTR na evolução do comportamento social de primatas
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2016Author
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Abstract in Portuguese
A monogamia social e o cuidado paternal são fenótipos considerados raros na ordem Primata, embora a presença desses comportamentos seja generalizada na subfamília Callitrichinae (Família Cebidae, Parvordem Platyrrhini). Nosso grupo de pesquisa já havia identificado substituições em relação à sequência de consenso de OXT na parvordem Platyrrhini (Primatas do Novo Mundo) e possível coevolução com seu receptor, OXTR. Outros estudos confirmaram nossos resultados e verificaram também variações inter ...
A monogamia social e o cuidado paternal são fenótipos considerados raros na ordem Primata, embora a presença desses comportamentos seja generalizada na subfamília Callitrichinae (Família Cebidae, Parvordem Platyrrhini). Nosso grupo de pesquisa já havia identificado substituições em relação à sequência de consenso de OXT na parvordem Platyrrhini (Primatas do Novo Mundo) e possível coevolução com seu receptor, OXTR. Outros estudos confirmaram nossos resultados e verificaram também variações interespecíficas na região promotora regulatória do gene OXTR. No presente trabalho, a variabilidade da região promotora de OXTR em sete famílias de primatas foi relacionada à monogamia social e ao cuidado paternal para verificar a existência de diferenças quanto à distribuição de motivos de ligação a fatores de regulação gênica entre os táxons, o que poderia favorecer a emergência desses padrões comportamentais em Callitrichinae ou a ausência desses fenótipos em outros grupos. Para isso, foram analisadas 32 espécies de primatas que possuem informações em bancos de dados. Consideramos 24 diferentes motivos de ligação a fatores de transcrição. Os elementos de resposta à progesterona (PREs) mostraram-se associados à presença de monogamia social e de cuidado paternal (P < 0.01) em Callitrichinae. Sequenciamos regiões correspondentes aos PREs de espécies de Platyrrhini (n = 10) com DNA armazenado em nosso laboratório (Laboratório de Evolução Humana e Molecular, UFRGS), mas para os quais a informação em bancos de dados do genoma é ainda inexistente. Esses segmentos mostraram-se conservados entre as espécies, e uma análise conjunta, por fim, indicou que a contribuição de cada PRE para os fenótipos parece ser diferenciada, o que sugere também que a localização desses elementos, e não apenas sua quantidade, exerce influência sobre os padrões de comportamento estudados. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
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