Arquitetura ética da alteridade
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Data
2018Tipo
Resumo
Vivemos todos os dias no cenário que põe em paradoxo de um lado o ódio e de outro o respeito aos diferentes. E entre aqueles que conseguem não banalizar o outro, os sentimentos envolvidos na realidade cotidiana oscilam em grande parte entre uma passividade que indiferentemente aceita e alguns ímpetos de indignação perplexa2. O que predomina é a fuga para o interior das moradas puras e limpas, distanciando a todos do rosto do outro que insuportavelmente indaga questões éticas. É a indiferente na ...
Vivemos todos os dias no cenário que põe em paradoxo de um lado o ódio e de outro o respeito aos diferentes. E entre aqueles que conseguem não banalizar o outro, os sentimentos envolvidos na realidade cotidiana oscilam em grande parte entre uma passividade que indiferentemente aceita e alguns ímpetos de indignação perplexa2. O que predomina é a fuga para o interior das moradas puras e limpas, distanciando a todos do rosto do outro que insuportavelmente indaga questões éticas. É a indiferente naturalização da violência, que incapacita perceber o padecimento do outro numa postura de cumplicidade com a injustiça3. Neste momento vale lembrar o que dizia Martin Luther King: “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em toda a parte”. ...
Abstract
We live every day in the scenario that puts in a paradox on one side the hatred and on the other the respect for the different. And among those who manage not to trivialize the other, the feelings involved in everyday reality fluctuate largely between a passivity that indifferently accepts and some impetus of perplexed indignation. What prevails is the escape into the pure and clean dwellings, distancing everyone from the face of the other who unbearably inquires into ethical questions. It is t ...
We live every day in the scenario that puts in a paradox on one side the hatred and on the other the respect for the different. And among those who manage not to trivialize the other, the feelings involved in everyday reality fluctuate largely between a passivity that indifferently accepts and some impetus of perplexed indignation. What prevails is the escape into the pure and clean dwellings, distancing everyone from the face of the other who unbearably inquires into ethical questions. It is the indifferent naturalization of violence, which incapacitates to perceive the suffering of the other in a posture of complicity with injustice. At this point it is worth remembering what Martin Luther King said: “Injustice in any place is a threat to justice everywhere.” ...
Contido em
Pixo: revista de arquitetura, cidade e contemporaneidade. Pelotas. Vol. 2, n.5 (2018), p. 29-41
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