Hospitalizações por aneurismas cerebrais não rotos e por hemorragia subaracnoidea não traumática, tratados por microcirurgia ou embolização, na rede pública no Brasil de 2014 a 2016
Fecha
2018Tutor
Nivel académico
Especialización
Materia
Resumo
O potencial de ruptura é inerente a todos os aneurismas cerebrais, que são dilatações locais dos vasos sanguíneos cerebrais. O rompimento de um aneurisma traz consigo sérias complicações como é o caso do acidente cerebrovascular hemorrágico, uma situação clínica crítica que é conhecida como hemorragia subaracnoidea. Os aneurismas cerebrais, ainda que assintomáticos, estão presentes em aproximadamente 5% da população. A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) não traumática é uma emergência neurológica g ...
O potencial de ruptura é inerente a todos os aneurismas cerebrais, que são dilatações locais dos vasos sanguíneos cerebrais. O rompimento de um aneurisma traz consigo sérias complicações como é o caso do acidente cerebrovascular hemorrágico, uma situação clínica crítica que é conhecida como hemorragia subaracnoidea. Os aneurismas cerebrais, ainda que assintomáticos, estão presentes em aproximadamente 5% da população. A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) não traumática é uma emergência neurológica grave, cuja causa principal – 80-85% dos casos - é o rompimento de um aneurisma intracranial. O tratamento dos aneurismas cerebrais não rompidos bem como da HSA são realizados através da exclusão do aneurisma da circulação cerebral por meio de tratamento cirúrgico ou endovascular. Desde a primeira intervenção cirúrgica com a utilização de clipe vascular em 1937, até o final da década de 80 quando surgem os “coils” de platina, a microcirurgia foi o principal tratamento utilizado no manejo dos aneurismas cerebrais rompidos e não rompidos. A técnica endovascular percutânea foi introduzida como recurso terapêutico a pacientes que não eram bons candidatos ao tratamento cirúrgico. Observou-se um aumento crescente na popularidade desse método alternativo e menos invasivo que a cirurgia convencional. O presente trabalho objetiva dimensionar as hospitalizações por hemorragia subaracnoidea não traumática e aneurismas cerebrais não rotos, tratados por microcirurgia ou embolização, na rede pública no Brasil de 2014 a 2016. O desenvolvimento do trabalho se deu a partir do substrato de pesquisa dos arquivos públicos do SIH/SUS. Foram avaliadas as internações no SUS, de acordo com sexo, faixa etária, ocorrência ou não de óbito, utilização de UTI, procedência, gasto e tempo de permanência, causadas por hemorragia subaracnoidea não traumática (CID-10 I60) e por aneurismas cerebrais não rotos (CID-10 I67.1), em todo território nacional, tratados por microcirurgia ou embolização, no período de 2014 a 2016. Durante o triênio proposto para estudo, foram registrados, no sistema de saúde da rede pública do Brasil, 12.115 internações para procedimentos para tratamentos dos aneurismas não rompidos e da HSA. A região Sul destacou-se por apresentar o maior coeficiente de internações (10,25) por 100 mil habitantes, quase o dobro em se comparado com a região Sudeste que é a mais populosa do país. O mapeamento da frequência de internação no território nacional durante o triênio foi caracterizado por um maior número de ocorrências de internação hospitalar no sexo feminino (mais que o dobro em se comparado com o sexo masculino), cuja faixa etária predominante foi a dos 60 a 64 anos. Para ambos os sexos, o coeficiente de internação por HSA foi superior ao comparar-se com as internações por aneurismas não rompidos. Além disso, observaram-se maiores taxas de letalidade em ambos os sexos para pacientes que tiveram como causa principal de internação a HSA. Verificou-se, outrossim, taxas de letalidade superiores em pacientes submetidos à microcirurgia (especialmente na população masculina) e maiores coeficientes de internação com uso de UTI. Além disso, pacientes tratados com microcirurgia apresentaram média de dias de hospitalização maiores do que aqueles tratados por embolização. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
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Ciencias de la Salud (1515)
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