Sistemas de pensamento na educação e políticas de inclusão (e exclusão) escolar : entrevista com Thomas S. Popkewitz
Fecha
2016Tipo
Otro título
Systems of thought in education and school inclusion (and exclusion) policies : Interview with Thomas S. Popkewitz
Materia
Resumo
Nos discursos pedagógicos contemporâneos, a defesa do direito à educação aparece quase sempre associada a enunciados de teor psicológico e/ou sociológico sobre a importância de se respeitar e levar em conta as diferenças individuais no ensino, condição considerada indispensável para tornar a escola inclusiva. Como se difunde essa convicção no campo educacional? E quais os seus efeitos nas reformas educativas, na formulação dos currículos, no trabalho dos professores e nas experiências vividas p ...
Nos discursos pedagógicos contemporâneos, a defesa do direito à educação aparece quase sempre associada a enunciados de teor psicológico e/ou sociológico sobre a importância de se respeitar e levar em conta as diferenças individuais no ensino, condição considerada indispensável para tornar a escola inclusiva. Como se difunde essa convicção no campo educacional? E quais os seus efeitos nas reformas educativas, na formulação dos currículos, no trabalho dos professores e nas experiências vividas pelos alunos? A partir dessas e outras questões, tivemos a oportunidade e a alegria de entrevistar Thomas S. Popkewitz, Professor da Universidade de Wisconsin-Madison, que tem como um de seus principais interesses de pesquisa a formação histórica dos sistemas de pensamento, em particular o modo como se produzem, divulgam e implementam ideias no campo educacional, por meio da formulação dos currículos e reformas educativas. Nessa conversa, o autor emprega o conceito de alquimia para pensar sobre os modos como o currículo opera a conversão das disciplinas científicas em disciplinas escolares. Popkewitz considera que os currículos e reformas educativas expressam medo em relação às crianças que parecem refratárias à escolarização, as quais são vistas como uma ameaça ao futuro. Observa que essas crianças são o alvo das políticas de inclusão, as quais, no mesmo movimento que pretende incluí-las, as excluem ao nomear e tornar visíveis suas “diferenças”, percebidas como desvantagens. ...
Abstract
In contemporary pedagogical discourses, the defense of the right to education appears almost always associated with statements of psychological and / or sociological content on the importance of respecting and taking into account individual differences in education, condition considered essential to make the school become inclusive. How are this belief spread in the educational field? Which are its effects on educational reforms, in the formulation of the curriculum, the work of teachers and th ...
In contemporary pedagogical discourses, the defense of the right to education appears almost always associated with statements of psychological and / or sociological content on the importance of respecting and taking into account individual differences in education, condition considered essential to make the school become inclusive. How are this belief spread in the educational field? Which are its effects on educational reforms, in the formulation of the curriculum, the work of teachers and the experiences of the students? From these and other issues, we had the opportunity and the joy of interview Thomas S. Popkewitz, Professor, University of Wisconsin-Madison. He has as one of its main research interests the historical formation of systems of reason, in particular the ways in which ideas are produced, disseminated and implemented in the educational field, through the formulation of curricula and educational reforms. In this conversation, the author employs the concept of alchemy to think about the ways in which the curriculum operates the conversion of scientific disciplines in school subjects. Popkewitz considers that curricula and educational reforms express fears of children who seem refractory to schooling, which are seen as a threat to the future. Notes that these children are the target of inclusion policies, which, in the same movement, include and exclude them, by naming and making visible their “differences”, perceived as disadvantages. ...
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