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dc.contributor.advisorAntonello, Cláudia Simonept_BR
dc.contributor.authorSawitzki, Roberta Cristinapt_BR
dc.date.accessioned2018-08-08T02:33:08Zpt_BR
dc.date.issued2017pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/180989pt_BR
dc.description.abstractEste estudo tem por objetivo geral apreender os entrelaçamentos entre o gênero e a inovação como uma prática social em três diferentes territórios. Os objetivos específicos, propõem: a) compreender o contexto organizacional que possibilitou a criação, a execução e a concretização dos projetos cartografados; b) identificar e descrever as práticas sociais dos projetos investigados e os agentes a elas imbricados; c) analisar as maneiras que esses profissionais enactam, experimentam e expressam sua encarnação de gênero e como esses atores a(fe)tivaram(-se) (com) os projetos de inovação cartografados; d) discorrer sobre o viés de gênero presente nos sentidos de inovação compartilhados nos diferentes territórios. Parto do argumento de que práticas de gênero são entrelaçadas (e ancoram) às práticas de inovação, havendo uma mútua afetabilidade e enactamento entre elas. Diferentes práticas de masculinidades e feminilidades são coengendrados a diferentes tipos de práticas de inovação, orientando modos de ser e de exercer o trabalho, afetando as incorporações e experiências daqueles/as que com elas se engajam, assim como as materialidades desse processo, o que, por sua vez, afeta as práticas de gênero e de inovação. A própria prática de inovação, que pressupõe neutralidade em termos de gênero, na verdade não escapa de práticas de generificação, carregando um viés (pressuposto, subtexto, discurso, conotação ou concepção) de gênero (de masculinidade(s) e/ou de feminilidade(s)) que é e está ligado ao seu tempo histórico e contexto vivido. Defendo que, embora pareçam práticas distintas, as práticas de inovação e de gênero estão na verdade intimamente imbricadas umas às outras pela materialidade dos corpos, nas práticas discursivas e nos artefatos que medeiam a relação entre o corpo e a atividade. Defendo que, embora pareçam práticas distintas, as práticas de inovação e de gênero estão na verdade intimamente imbricadas umas às outras pela materialidade dos corpos, nas práticas discursivas e nos artefatos que medeiam a relação entre o corpo e a atividade. Utilizo as temáticas práticas (apoiada em Schatzki, 2001; Reckwitz, 2002 e Hassard et. al., 2000), gênero (alicerçada em Linstead e Pullen, 2006; Nentwich e Kelan, 2007; Butler, 1990; e Martin, 2003; 2006) e inovação (me volto para a abordagem microssociológica da inovação apoiada em Gherardi, 2010, ressaltando a corrente da sociologia a partir de Akrich, Callon e Latour 2002a; 2002b, sem desconsiderar a corrente econômica quando esta é citada pelos participantes da pesquisa) como base teórica. Demonstro que o afeto (apoiada em Latour, 2009; Deleuze, 2007; Deleuze, Guattari, 1988; 1994; Spinoza, 1994; Pullen, Rhodes e Thanen, 2017; Gherardi, 2017a; 2017b e Reckwitz, 2012; 2017) atravessa essas práticas e se coengendra com elas. Conduzo a pesquisa via procedimento cartográfico, orientado por pistas, em três territórios investigados (Laboratório de Inovação Social da Mercur; Escola SESI de Ensino Médio Regular; Desenvolvimento da Cultura de Inovação do Sistema FIERGS). A pesquisa de campo teve início em junho de 2016 e perdurou até setembro de 2017. Participaram da pesquisa 36 profissionais: 14 do projeto Laboratório de Inovação Social; 12 do projeto Desenvolvimento da Cultura de Inovação; e 10 da Escola SESI. A produção de dados foi alicerçada em entrevistas, que resultaram em 94 horas de gravação e 1.880 páginas transcritas, observação participante e análise documental, com 252 páginas de notas de campo e 3.021 páginas de documentos. Entre os achados, foi possível compreender como as práticas de gênero ancoram as práticas de inovação, sendo aquelas estruturantes destas; também pôde-se apreender como as práticas sociais situadas mantém e alteram concepções, discursos e o agir em relação ao gênero e à inovação. Outro ponto importante, foi a identificação de elementos humanos e não humanos imbricados às práticas entrelaçadas de gênero e inovação, assim como dos afetos que estes elementos e práticas possibilitam. A dimensão afetiva também permitiu compreender porque algumas práticas alcançam maior êxito em termos de envolvimento, encantamento e motivação do que outras. Igualmente, pôde-se verificar como as concepções de gênero influenciam os sentidos de inovação elaborados pelos agentes envolvidos com práticas inovativas.pt
dc.description.abstractThe purpose of this study is to understand the interweaving between gender and innovation as a practice situated in three different territories. The specific objectives, propose: a) to understand the organizational context that made possible the creation, execution and concretization of the mapped projects; b) identify and describe the social practices of the projects investigated and the agents involved in them; c) analyze the ways in which these professionals enact, experience, and express their gender incarnation and how these actors have (with) the mapped innovation projects; d) discuss the gender bias present in the shared sense of innovation in the different territories. I start from the argument that gender practices are intertwined (and anchored) to the practices of innovation, with a mutual affectability and affection between them. Different practices of masculinities and femininities are coengended with different types of innovation practices, orienting ways of being and doing work, affecting the incorporations and experiences of those who engage with them, as well as the materialities of this process, which in turn affects gender and innovation practices. The very practice of innovation, which presupposes gender neutrality, does not in fact escape generational practices, carrying a bias (presupposition, subtext, discourse, connotation or conception) of gender (of masculinity (s) and / or femininity (s)) that is and is connected to its historical time and lived context. I argue that, although they seem to be distinct practices, innovation and gender practices are in fact closely interwoven with one another by the materiality of bodies, discursive practices, and artifacts that mediate the relationship between body and activity. I argue that, although they seem to be distinct practices, innovation and gender practices are in fact closely interwoven with one another by the materiality of bodies, discursive practices, and artifacts that mediate the relationship between body and activity. I use the practical themes (supported by Schatzki, 2001, Reckwitz, 2002 and Hassard et al., 2000), gender (based on Linstead and Pullen, 2006, Nentwich and Kelan, 2007, Butler, 1990 and Martin, 2003; ) and innovation (I turn to the micro-sociological approach of innovation supported by Gherardi, 2010, stressing the current of sociology from Akrich, Callon and Latour 2002a, 2002b, without disregarding the economic current when it is cited by the research participants) as theoretical basis. It shows that affection (supported by Latour, 2009, Deleuze, 2007, Deleuze, Guattari, 1988, 1994, Spinoza, 1994, Pullen, Rhodes and Thanen, 2017, Gherardi, 2017a, 2017b and Reckwitz, 2012, 2017) and coengendra with them. I conducted the research through a cartographic procedure, guided by clues, in three areas investigated (Mercur's Social Innovation Laboratory, SESI High School Regular, Development of Culture of Innovation of the FIERGS System). Field research began in June 2016 and lasted until September 2017. Thirty-six professionals participated in the research: 14 from the Laboratory of Social Innovation; 12 of the project Development of the Culture of Innovation; and 10 of the SESI School. The data production was based on interviews, which resulted in 94 hours of recording and 1,880 pages transcribed, participant observation and documentary analysis, with 252 pages of field notes and 3,021 pages of documents. Among the findings, it was possible to understand how the gender practices anchor the innovation practices, being those structuring them; it was also possible to understand how the social practices in place maintain and change conceptions, discourses and to act in relation to gender and innovation. Another important point was the identification of human and nonhuman elements imbricated to the intertwined practices of gender and innovation, as well as the affections that these elements and practices make possible. The affective dimension also allowed us to understand why some practices achieve greater success in terms of involvement, enchantment and motivation than others. Likewise, it was possible to verify how the gender conceptions influence the senses of innovation elaborated by the agents involved with innovative practices. Keywords: gender, innovation, social practice, practice-based studies, affect.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPráticas sociaispt_BR
dc.subjectInovaçãopt_BR
dc.subjectGestãopt_BR
dc.titleCartografando gênero e inovação como uma prática social entrelaçada em multiterritóriospt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001073641pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentEscola de Administraçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Administraçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2017pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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