Concepção, percepção e defesa da educação especial nas reportagens jornalisticas : a contramão da inclusão
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Data
2009Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
A partir da pesquisa realizada, foi possível perceber que as concepções de educação especial apresentadas nas reportagens analisadas ainda referem-se a esta modalidade de ensino da educação básica como um ato de vocação, e compreendido fora contexto educacional. No que se refere à percepção dos sujeitos da educação especial, estes ainda permanecem vistos dentro da deficiência e não a partir das suas possibilidades. Neste sentido, a manutenção dos espaços especializados, assim como defendem as r ...
A partir da pesquisa realizada, foi possível perceber que as concepções de educação especial apresentadas nas reportagens analisadas ainda referem-se a esta modalidade de ensino da educação básica como um ato de vocação, e compreendido fora contexto educacional. No que se refere à percepção dos sujeitos da educação especial, estes ainda permanecem vistos dentro da deficiência e não a partir das suas possibilidades. Neste sentido, a manutenção dos espaços especializados, assim como defendem as reportagens analisadas, tratam de aumentar o abismo entre os diferentes indivíduos que compõem a sociedade. Para a construção desta investigação a metodologia adotada foi a de coleta material jornalístico junto à Zero Hora, para o levantamento do material foram utilizadas as palavras-chaves educação especial e inclusão. A escolha das palavras educação especial e inclusão, não possuem significado oposto no contexto educacional, entretanto, a palavra educação passa a ter sentido de escola. A escolha pelas duas palavras-chaves tem o sentido de trazer a toma o que tem sido escrito sobre esta temática. Observando os avanços apresentados pela contextualização histórica, no que tange o processo de desenvolvimento e estruturação da educação especial, percebe-se a clara divisão dos períodos da educação a partir do quadro proposto por Hugo Beyer. Em consonância com a análise das reportagens, é possível concluir que os discursos, presentes no meio midiático analisado, permanecem presos ao paradigma da segregação, como o caso da defesa da educação especializada. É possível observar nos discursos impressos, existe uma tentativa de integração, mas as ações que dizem respeito ao processo de inclusão estão longe de serem efetivadas, devido à forte presença do discurso que valorizam os espaços especializados com única alternativa de educabilidade dos sujeitos da educação especial. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em Educação Especial e Processos Inclusivos.
Coleções
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Ciências Humanas (1949)
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