Análise comparativa do uso de medicamentos antiparasitários adquiridos na Unidade Básica de Saúde Santa Cecília Porto Alegre, RS versus drogarias
Fecha
2017Tutor
Nivel académico
Grado
Tipo
Materia
Resumo
Infecções parasitárias são classificadas como doenças tropicais negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), atingindo acerca de 25% da população mundial de países subdesenvolvidos ou emergentes. A OMS recomenda a utilização anual de anti-helmínticos para o tratamento e controle de enteroparasitoses. No entanto, há a preocupação se a administração em grande escala de anti-helmínticos possa resultar no desenvolvimento de resistência a estes fármacos. Considerando que as enteroparasito ...
Infecções parasitárias são classificadas como doenças tropicais negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), atingindo acerca de 25% da população mundial de países subdesenvolvidos ou emergentes. A OMS recomenda a utilização anual de anti-helmínticos para o tratamento e controle de enteroparasitoses. No entanto, há a preocupação se a administração em grande escala de anti-helmínticos possa resultar no desenvolvimento de resistência a estes fármacos. Considerando que as enteroparasitoses apresentam sintomas e sinais clínicos bastante similares, necessita-se do auxílio do exame parasitológico de fezes (EPF), sendo ele um dos principais alicerces na elucidação do achado do parasito no conteúdo fecal. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de uso dos antiparasitários, comparando fatores associados à sua utilização entre usuários que compram os mesmos em drogarias e os usuários que os adquirem na UBS Santa Cecília, Porto Alegre/RS; traçar o perfil sociodemográfico e a prevalência de realização de EPF nas duas populações estudadas e analisar a prática da automedicação aos usuários de drogarias. O estudo envolveu duas populações: consumidores de antiparasitários que adquiriam os mesmos em drogarias, os quais foram entrevistados por meio de questionário virtual; e usuários de antiparasitários cujo medicamento tenha sido retirado na UBS Santa Cecília, que foram caracterizados através de consulta retrospectiva a prontuários de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS (HCPA) Obteve-se dados referentes a consumo, frequência de utilização, automedicação, realização de EPF e condições socioeconômicas destas populações. O perfil da maioria dos entrevistados foi de mulheres, com idade média de 29 anos e que utilizaram albendazol. Apenas 12,5% dos entrevistados realizaram EPF antes da última vez que utilizaram antiparasitários e 47,0% afirmam nunca terem feito EPF. Houve associação estatisticamente significativa entre o grau de escolaridade e a automedicação com antiparasitários e entre os usuários de medicamentos antiparasitários adquiridos em drogarias e a realização de EPF em alguma ocasião. As populações mostraram diferentes perfis demográficos, como faixa etária e escolaridade. A taxa de realização do EPF previamente ao uso do antiparasitário foi igualmente baixa em ambas populações e o número de participantes que já realizaram EPF alguma vez foi muito mais expressiva na população oriunda de drogarias. Nesta população, a prática da automedicação também apresentou elevadas taxas. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
Colecciones
-
Tesinas de Curso de Grado (36099)Tesinas Farmacia (672)
Este ítem está licenciado en la Creative Commons License
![](/themes/Mirage2Novo//images/lume/cc.png)