Quem regula – ou melhor – entende essa dança? : um estudo sobre a dança no ensino regular

Abstract

A arte pode provocar e causar diferentes visões de mundos. Ela pode auxiliar na sensibilização, na humanização, no desenvolvimento da empatia, pode ajudar a instigar a descoberta de maneiras criativas na resolução de situações e, na minha perspectiva, facilitar a criação de um “lugar” para entender e expressar os sentimentos. A partir destas (minhas) afirmações, comecei a me questionar o que os estudantes que possuem aulas de dança no currículo pensam sobre essas aulas e quais seriam seus pontos de vista sobre a dança no currículo. Decidi, então, realizar esta pesquisa sob o ponto de vista dos estudantes acerca da dança no currículo. Escolhi os agentes com as vivências necessárias para conversar comigo sobre esse tema na Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Beck, localizada em São Leopoldo. Nossas entrevistas foram conduzidas a partir de uma metodologia baseada no princípio da abertura, e guiadas por duas perguntas chave: “O que é dança?” e “Para que serve a dança na escola?” com o objetivo de descobrir os pensamentos e considerações dos estudantes acerca da dança no currículo. Ao fim das entrevistas somadas as reflexões que elas me causaram, posso afirmar que, no contexto da Paulo Beck, a introdução da dança no currículo proporcionou aos estudantes maneiras distintas de ver, observar e agir no mundo, assim como proporcionou maneiras distintas de pensar e entender a dança, o corpo, o colega e a si mesmos.

Art can provoke and cause different visions of worlds. It can assist in sensitization, humanization, on the empathy development, it can help instigate to find creative ways of solving situations and, in my own perspective, helping to create a "place" for understanding and expressing feelings. From these statements (of mine), I have started a brainstorming about what do students, whose already have dance in the curriculum think about these classes, and which would be their pont of view about it. So I decided to conduct this research on dance in the curriculum from the students point of view. I chose agents who could have the necessary experiences of life to talk to me about dance in the curriculum at the Paul Beck Elementary School, located in São Leopoldo. Our interviews were conducted inspired by a methodology based on the principle of openness, and guided by two key questions: "What is dance?" and "What is dance for in school?", in order to discover the thoughts and considerations about dance in the curriculum. At the end of the interviews, together with the reflections they gave me, I can affirm that, in Paulo Beck's context, the introduction of the dance in the curriculum gave students different ways of seeing, observing and acting in the world, as well as providing different ways of thinking and understand the dance, the body, the mates and themselves.