Lo-fi : aproximações e processos criativos : da fotografia à arquitetura
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Date
2017Author
Academic level
Master
Type
Subject
Abstract in Portuguese (Brasil)
Lo-Fi vem de Low Fidelity, que em inglês significa baixa fidelidade. Na música, se transformou em linguagem sonora a partir da década de 1970, quando alguns artistas, buscando soluções econômicas para a autoprodução e independência em relação às gravadoras, passaram a utilizar gravadores caseiros para fazer seus próprios registros. A partir desse ato de libertação e experimentação, se obteve, por transbordamento, uma sonoridade ruidosa, crua, de baixa fidelidade de gravação. Mas, ao mesmo tempo ...
Lo-Fi vem de Low Fidelity, que em inglês significa baixa fidelidade. Na música, se transformou em linguagem sonora a partir da década de 1970, quando alguns artistas, buscando soluções econômicas para a autoprodução e independência em relação às gravadoras, passaram a utilizar gravadores caseiros para fazer seus próprios registros. A partir desse ato de libertação e experimentação, se obteve, por transbordamento, uma sonoridade ruidosa, crua, de baixa fidelidade de gravação. Mas, ao mesmo tempo, o ruído produzido por essa produção marginal engendrou cruzamentos autênticos e espontâneos que logo formaram uma paisagem sonora de grande vitalidade. De forma contrária, o Hi-fi, ou High-Fidelity, busca na alta-fidelidade a idealização e a perfeição do seu produto final que, uma vez ligado à indústria fonográfica e à alta tecnologia, tende a ser direcionado pelas lógicas do mercado. Pensado e produzido como objeto-fim, o fazer arquitetural contemporâneo vem se aproximando da gravação hi-fi: delimitado, ordenado por estratos, classificações e tipos que a definem como objeto-produto. Nessa lógica, a arquitetura torna-se imagem, espetáculo pronto para o consumo e descarte. Propõe-se, neste trabalho, uma inflexão, um deslocamento do pensar arquitetural a partir da aproximação metafórica acionada pelo modo lo-fi . ...
Abstract
Lo-Fi is the acronym that stands for Low Fidelity. In the music industry, during the70’s it became a trendy language when artists, searching economical solutions for self-production and independence from record companies, using homemade devices for sound recording. Following this first experiment of liberation, was obtained a noisy overflowing sonority, raw, or as it became known, low fidelity of the recording. However, at the same time the noise produced by this marginal production created an ...
Lo-Fi is the acronym that stands for Low Fidelity. In the music industry, during the70’s it became a trendy language when artists, searching economical solutions for self-production and independence from record companies, using homemade devices for sound recording. Following this first experiment of liberation, was obtained a noisy overflowing sonority, raw, or as it became known, low fidelity of the recording. However, at the same time the noise produced by this marginal production created an authentic and spontaneous blend that soon formed a vivid sound scene. Contrariwise the Hi-fi, or High Fidelity, seeks the idealization of perfection as its final product which, once merged to the phonographic industry and the high technology, tends to be driven by the logic of the market. Thought and produced as a final product, contemporary architecture follows the steps of the hi-fi recording: delimited, ordered in layers, classifications and by stereotypes that define it as an object-product. In this logic, architecture becomes an image, a spectacle ready for consumption and disposal. This work proposes an inflexion, a displacement on the architectural thinking from the metaphorical approach triggered by the lo-fi mode. Flaws by noise, by experimentation, by the potency of invention leads to a turning point in the making process, broader, returning to the idea of the unfinished, unexpectedly, guiding into a process that its meaning is not in the final product, but rather in the path itself, in the desire for transformation, in the unknown. Reflecting about the process as lo-fi music evokes is returning to the initial sketch, it is decomposing and questioning its nature, it is exposing the traces. It is bringing back the architecture in the sense of discovery, as a body in experimentation, as the surprise that reveals the unforeseen crossing of distinct times. The intention here is, based from speculative narratives, to try the deconstruct of some consolidated practices on the design process catalyzed by the music action. Pointing analogous approximations and representations of other architectural assemblies that are not represented by the narratives determined and exhausted by the logic of the market. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura. Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura.
Collections
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Applied and Social Sciences (6071)Architecture (392)
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