Caracterização do habitat e distribuição potencial de Stenella clymene (Odontoceti : Delphinidae) no Oceano Atlântico
Fecha
2015Nivel académico
Grado
Tipo
Resumo
Stenella clymene é endêmica do oceano Atlântico ocorrendo em águas oceânicas tropicais e subtropicais, sendo a espécie menos conhecida do gênero Stenella em relação a vários aspectos, como distribuição e estrutura populacional. Modelos de nicho ecológicos foram realizados a fim de estimar a distribuição potencial e caracterizar o hábitat da espécie ao longo do Oceano Atlântico. Verificamos também a distribuição espaço-temporal dos registros de ocorrência disponíveis na literatura. Dos 186 regis ...
Stenella clymene é endêmica do oceano Atlântico ocorrendo em águas oceânicas tropicais e subtropicais, sendo a espécie menos conhecida do gênero Stenella em relação a vários aspectos, como distribuição e estrutura populacional. Modelos de nicho ecológicos foram realizados a fim de estimar a distribuição potencial e caracterizar o hábitat da espécie ao longo do Oceano Atlântico. Verificamos também a distribuição espaço-temporal dos registros de ocorrência disponíveis na literatura. Dos 186 registros compilados, 76,3% foram obtidos no Hemisfério Norte, enquanto que 23,7% foram obtidos no Hemisfério Sul. Ademais, a frequência dos registros de S. clymene não é constante ao longo dos meses do ano, ocorrendo em sua maioria na primavera. Identificamos ampla variabilidade ambiental nas áreas adequadas, preditas pelos modelos, e habitadas por S. clymene ao longo do Oceano Atlântico. A modelagem indicou alta adequabilidade em águas próximas da costa, porém profundas, corroborando sua ocorrência no talude e além da plataforma continental. Além das correntes marinhas que delimitam a distribuição da espécie, S. clymene parece estar fortemente relacionada à regiões de alta produtividade. No entanto, potenciais áreas de baixa adequabilidade ambiental que são barreiras geográficas para outras espécies, como o centro do Atlântico e a Dorsal Meso-Atlântica, devem ser melhor estudadas para identificar sua influência sobre a distribuição de S. clymene, e assim, sobre as potenciais populações. Sugerimos também mais estudos em águas oceânicas na costa da América do Sul, uma vez que pouco se sabe sobre a “conexão” entre o estoque de S. clymene do Brasil e do Atlântico Norte. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
Colecciones
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