Aconselhamento nutricional, adesão à dieta e sua relação com parâmetros nutricionais, clínicos e qualidade de vida de pacientes ambulatoriais portadores de insuficiência cardíaca
Fecha
2008Autor
Nivel académico
Grado
Tipo
Resumo
INTRODUÇÃO: Além do tratamento medicamentoso, medidas não-farmacológicas são recomendadas para pacientes com insuficiência cardíaca (IC), objetivando manter a estabilidade do paciente e evitar reinternações. Dentre as medidas nãofarmacológicas inclui-se o seguimento de uma dieta equilibrada com baixo teor de sódio, controle de peso e de ingestão hídrica. A adesão às recomendações fornecidas pelos profissionais da saúde nem sempre ocorre como esperado. OBJETIVO: O presente trabalho tem por objet ...
INTRODUÇÃO: Além do tratamento medicamentoso, medidas não-farmacológicas são recomendadas para pacientes com insuficiência cardíaca (IC), objetivando manter a estabilidade do paciente e evitar reinternações. Dentre as medidas nãofarmacológicas inclui-se o seguimento de uma dieta equilibrada com baixo teor de sódio, controle de peso e de ingestão hídrica. A adesão às recomendações fornecidas pelos profissionais da saúde nem sempre ocorre como esperado. OBJETIVO: O presente trabalho tem por objetivo avaliar efeitos do aconselhamento nutricional sobre a adesão à dieta e sua relação com parâmetros clínicos, qualidade de vida e nível de conhecimento sobre alimentação de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca. METODOLOGIA: Configurando ensaio clínico randomizado, 12 pacientes foram randomicamente destinados para o grupo controle ou intervenção. O grupo controle recebeu o tratamento usual com equipe médica e de enfermagem, e o grupo intervenção passou por uma consulta para aconselhamento dietético, com duração em torno de 1 hora, abordando sobre a doença, importância da dietoterapia nesta patologia, informações sobre os grupos alimentares, suas funções e principais fontes, conteúdo de sódio, açúcar, gordura e colesterol dos alimentos e estímulo para ingestão de fibras. Um material didático impresso, com as informações discutidas na consulta foi entregue aos pacientes. Reforço das orientações foi realizado 4 semanas após a primeira consulta. Ambos os grupos foram avaliados, no início e final do estudo (após 6 semanas), quanto a parâmetros antropométricos, pressão arterial, exames bioquímicos, análise da excreção de sódio através de urina de 24h, recordatório alimentar, questionário de conhecimento nutricional e de qualidade de vida. RESULTADOS: Doze pacientes concluíram o estudo. Das variáveis analisadas, houve diminuição significativa dos níveis de colesterol total (p=0,007) e colesterol LDL (p=0,026) ao final do estudo em comparação com os valores iniciais. Quando os grupos foram comparados não se encontrou significância estatística. O escore de conhecimento nutricional apresentou aumento no final do estudo (p=0,006), sendo que as questões relativas a conhecimento gerais tiveram maior escore no grupo intervenção (p=0,03). O restante das variáveis não apresentou diferenças significativas. Os pacientes apresentaram consumo de sódio maior que o recomendado em ambos os grupos, sendo que o recordatório de 24h e a análise de urina de 24h, usados para mensurar o consumo de sódio, não demonstraram correlação. CONCLUSÃO: O aconselhamento nutricional, como ferramenta de auxílio no tratamento não farmacológico na IC, mostrou-se uma alternativa capaz de modificar alguns parâmetros objetivos e aspectos relacionados ao nível de conhecimento, embora este, não tenha sido capaz de afetar significativamente o comportamento alimentar. A adesão dos pacientes às recomendações poderia ser otimizada por maior tempo de seguimento, e os dados encontrados poderão ser avaliados com melhor embasamento quando a amostra do estudo estiver completa. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
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