Prevalência de atividade física doméstica, ocupacional e no lazer em mulheres de meia-idade : um estudo de base populacional
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Data
2009Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
Introdução: A prevalência de atividade física difere por gênero, idade, classe social e ocupação, havendo variações de acordo com diferentes domínios. Neste estudo, nós verificamos a prevalência de atividade física nos domínios domicílio, ocupacional e lazer. Investigamos, também, diferenças de acordo com características demográficas, socioeconômicas e comportamentais. Métodos: Uma amostra de base poplacional representativa das mulheres de Passo Fundo, incluindo 358 mulheres, com idade entre 35 ...
Introdução: A prevalência de atividade física difere por gênero, idade, classe social e ocupação, havendo variações de acordo com diferentes domínios. Neste estudo, nós verificamos a prevalência de atividade física nos domínios domicílio, ocupacional e lazer. Investigamos, também, diferenças de acordo com características demográficas, socioeconômicas e comportamentais. Métodos: Uma amostra de base poplacional representativa das mulheres de Passo Fundo, incluindo 358 mulheres, com idade entre 35 e 62 anos, foi entrevistada para uma análise transversal de um estudo longitudinal. Atividade física foi investigada utilizando-se o Modifiable Activity Questionnaire (MAQ). Atividades domésticas incluíram cozinhar, cuidar de criança pequena e limpeza pesada. No domínio ocupacional, as mulheres foram classificadas nas categorias de atividade física leve, moderada ou vigorosa. Atividade física no lazer foi investigada em relação aos últimos 12 meses.O status menopausal foi estabelecido com base nas características da menstruação, como tempo em amenorréia, resultando em três categorias: pré-menopausa, transição menopausal e pós-menopausa. As razões de prevalência foram descritas por idade e de acordo com as variáveis estudadas. As associações de características demográficas, socioeconômicas e comportamentais com a atividade física foram testadas por meio da Regressão de Poisson Modificada. As razões de risco, com IC de 95%, foram calculadas após o ajuste para idade. Resultados: As mulheres despendiam uma média de 24,6 ±17,9 horas por semana em atividades domésticas e as atividades totais eram realizadas por todas, exceto por três mulheres. Nas atividades domésticas, como limpeza pesada, as mulheres gastavam em média 3,5 ±4,5 horas por semana, mas 28% não realizavam essa atividade e 4% gastavam 10 horas ou mais semanais realizando limpeza pesada. Mais de 72% das mulheres realizavam limpeza pesada no domicílio e 74% gastavam 10 ou mais horas por semana cozinhando; mas, menos que 29% realizavam pelo menos 150 minutos semanais em atividades físicas no lazer. A prevalência de atividade física doméstica, avaliada por intermédio da limpeza pesada, foi inversamente associada à educação e à renda, com taxas mais baixas entre as mulheres com pelo menos 12 anos de escolaridade e renda familiar de cinco salários mínimos. As mulheres gastam em média 15,8 ±9,6 horas por semana cozinhando, com maior prevalência entre aquelas com menor renda familiar, donas-de-casa, casadas, com paridade elevada, durante a transição ou na pós-menopausa, e abstêmias. As mulheres negras tinham cerca de nove vezes mais chances de executarem um trabalho com atividade física moderada ou vigorosa do que as mulheres brancas, independentemente da idade. Atividade física no lazer foi realizada principalmente por mulheres brancas e de maior escolaridade. Poucas mulheres não-brancas relataram atividade física nesse domínio. Conclusão: Atividade doméstica, como limpeza pesada, pode ser uma fonte de atividade física moderada ou vigorosa entre as mulheres de meia-idade. As diferenças nos padrões de atividade física entre mulheres de diferentes níveis socioeconômicos não são explicados por idade. Além disso, o estudo sugere que as atividades domésticas e ocupacionais não são potenciais obstáculos para o estabelecimento de um comportamento fisicamente ativo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas.
Coleções
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