(Des)apre(e)nder o ver com a paisagem: a expedição pela Paragem das Conchas
Fecha
2016Autor
Nivel académico
Doctorado
Tipo
Materia
Resumo
Esta pesquisa nasce do encontro do olhar-expedicionário, sempre curioso e disposto a relacionar arte e ciência, com a Paragem das Conchas - nome atribuído à primeira sesmaria do Rio Grande do Sul, que corresponde hoje a um conjunto de municípios, dentre os quais, está Osório – lugar onde se desenvolvem as incursões aqui analisadas, entre os anos de 2012 e 2016. As experiências começam no ateliê, que funciona como um jardim onde se cultiva a linguagem do desenho, até que este lugar de produção d ...
Esta pesquisa nasce do encontro do olhar-expedicionário, sempre curioso e disposto a relacionar arte e ciência, com a Paragem das Conchas - nome atribuído à primeira sesmaria do Rio Grande do Sul, que corresponde hoje a um conjunto de municípios, dentre os quais, está Osório – lugar onde se desenvolvem as incursões aqui analisadas, entre os anos de 2012 e 2016. As experiências começam no ateliê, que funciona como um jardim onde se cultiva a linguagem do desenho, até que este lugar de produção de imagens abre-se e passa a ser compreendido como um observatório da natureza, fundindo-se, ao final, com a própria floresta. A principal pergunta que surge daí é: como se dá essa relação entre o ver e o conhecer a partir das experiências fenomenológicas com a paisagem que o meu trabalho artístico (obras em desenho, poesia, fotografia, objetos e instalação) proporciona? As rotas e o instrumental utilizados para as observações foram sendo redefinidos no próprio andar, como se fosse um Caminho de Peabiru, esse conjunto de trilhas indígenas cultivadas pelos Incas, que ligavam o Oceano Pacífico ao Atlântico. No andamento, foi preciso desaprender a ver o que eu pensava saber e aprender a ver o que não sabia que existia. O conjunto de trabalhos aqui apresentados forma um atlas onde procuro transmutar essas vivências por meio da linguagem poética. A narrativa divide a expedição em três momentos: Estudos sobre a terra | Estudos sobre a água | Estudos sobre o vento. A ação de expedir é interpretada em seu sentido literal de “liberar os pés das cadeias”. A pesquisa está dividida em dois volumes. No TOMO I apresento um percurso teórico em que o sol metaforiza, inicialmente, a relação entre o ver e o conhecer e, passo a passo, vai sendo eclipsado pela imagem da fogueira, que provoca uma queima de arquivo em que é necessário transmutar as memórias. O TOMO II é um livro de artista concebido a partir das travessias por TERRA (“Inventário de Fauna e Flora” e “Herbarium”), ÁGUA (“Travessia de Beija-Flor por águas doces”) e AR (“Tipologia do Mar – Escala Beaufort” e “Tipologia das nuvens – L. Howard”). ...
Abstract
This research was created from the meeting of the expeditionary perspective, always curious and open to connect art and science, and Paragem das Conchas - the name given to the first sesmaria in Rio Grande do Sul - which today corresponds to a few different cities, amongst them Osório - the chosen spot for this expedition, which took place between 2012 and 2016. The experiences begin in the studio, which acts as a garden to cultivate the drawing language, till this image-production site opens u ...
This research was created from the meeting of the expeditionary perspective, always curious and open to connect art and science, and Paragem das Conchas - the name given to the first sesmaria in Rio Grande do Sul - which today corresponds to a few different cities, amongst them Osório - the chosen spot for this expedition, which took place between 2012 and 2016. The experiences begin in the studio, which acts as a garden to cultivate the drawing language, till this image-production site opens up to be acknowledged as a nature observatory, ultimately merging with the forest itself. The main question that arises from that is: how does the relationship between seeing and knowing from phenomenological experiences in the landscape that my artistic work (drawing, poetry, photography, objects and art installation) provides me presents itself? The routes and instruments used in the observational trips were redefined while they were happening, such as in Caminho de Peabiru, the indigenous trails created by the Incas connecting the Pacific Ocean to the Atlantic. As the project went on, I had to unlearn how to see what I thought I knew and learn how to see what I did not know existed. The body of work presented here forms an atlas where I seek to transmute those experiences into a poetic narrative. The expedition was divided between three installments: Studies of the earth | Studies of the water | Studies of the wind. “Expedition” is interpreted here in a literal sense, that of “freeing the feet from the chains.” The research is divided in two volumes. In TOME I the theoretical path is presented, initially, in a way in which the sun acts as a metaphor of the relationship between seeing and knowing and, gradually, is eclipsed by the image of the bonfire, which leads to an indispensable documentation burning in order to transmute memories. TOME II is an artistic book created from crossings through land (“Inventário de Fauna e Flora” and “Herbarium”), water (“Travessia de Beija-Flor por águas doces”) and air (“Tipologia do Mar – Escala Beaufort” and “Tipologia das nuvens – L. Howard”). ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Artes. Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais.
Colecciones
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Lingüística, Letras y Artes (2893)Artes Visuales (474)
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