O lá fora também pode ser aqui : saberes significativos entre escola e universidade
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2016Resumo
Este texto procura fazer uma síntese acerca das experiências vivenciadas por um professor de licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), na tentativa de promover experiências significativas de trocas entre licenciandos dessa instituição (cursos de História, Biologia, Geografia, Ciências Sociais, etc.) e estudantes de uma escola municipal localizada na periferia de Porto Alegre-RS. Constituiu-se, então, um coletivo de trabalho formado também por três professoras dessa escola ...
Este texto procura fazer uma síntese acerca das experiências vivenciadas por um professor de licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), na tentativa de promover experiências significativas de trocas entre licenciandos dessa instituição (cursos de História, Biologia, Geografia, Ciências Sociais, etc.) e estudantes de uma escola municipal localizada na periferia de Porto Alegre-RS. Constituiu-se, então, um coletivo de trabalho formado também por três professoras dessa escola e uma licencianda de Ciências Sociais. Ao longo de 2015 e 2016, organizamos uma série de atividades que buscaram, dentre muitos aspectos, aproximar a universidade da escola, na tentativa de suprir o hiato seguidamente manifestado pelos acadêmicos de que os currículos e as disciplinas das licenciaturas se mostram distantes da “realidade lá fora” (sic). A estratégia utilizada foi fazer uso da universidade como dispositivo de aproximação, resultando em um projeto extensionista bastante singular, marcado pela troca de cartas entres alunos da escola e da universidade, por vivências filosóficas e pela realização de oficinas interdisciplinares ministradas por e para esses alunos. Consideramos como singular o fato de essas oficinas serem todas planejadas, desenvolvidas e avaliadas pelos universitários, envolvendo quase 200 sujeitos. Na medida em que a universidade se propõe a transpor seus próprios muros, por vezes tão carregados de soberba e prepotência, e conversar com os verdadeiros atores da escola – alunas, alunos, professoras e professores –, acreditamos que os saberes, outrora assépticos e distantes, tornam-se mais significativos, signos de que tais encontros são não somente possíveis, como também necessários. ...
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Textos FCC. São Paulo. Vol. 50 (nov. 2016), p. 75-91
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