Jean-Luc Godard e o ser da imagem
Visualizar/abrir
Data
2016Tipo
Assunto
Resumo
Neste artigo, mais do que investir num modelo de “clássico” como efeito de um lugar originário do discurso cinematográfico, interessa-nos problematizar as categorias que a materialidade do conceito insinua. Para tanto, inicialmente, tomamos como base o trabalho de Foucault para discutir o modo como, na lógica da genealogia e da ruptura, Godard tensiona, de maneira singular, o estatuto sob o qual as suposições acerca do que seria um “criador individual” se sustentam. Em seguida, analisamos algun ...
Neste artigo, mais do que investir num modelo de “clássico” como efeito de um lugar originário do discurso cinematográfico, interessa-nos problematizar as categorias que a materialidade do conceito insinua. Para tanto, inicialmente, tomamos como base o trabalho de Foucault para discutir o modo como, na lógica da genealogia e da ruptura, Godard tensiona, de maneira singular, o estatuto sob o qual as suposições acerca do que seria um “criador individual” se sustentam. Em seguida, analisamos alguns materiais produzidos pelo diretor, mostrando que aquilo que caracterizaria Godard como um diretor de ruptura estaria implicado com dois movimentos: primeiro, naquele do rechaço pelo discurso do “diretor” e, segundo, naquele que diz respeito a uma forma de composição sustentada pela busca, incansável, ao que seria a “especificidade” do cinema ou mesmo da imagem cinematográfica. Menos do que sugerir algo que remeta à autenticidade inarredável de um campo, entendemos que Godard opera com a imagem no sentido de sua ausência – e, deste modo, numa necessidade constante de criação não apenas da imagem, mas do próprio conceito de imagem. ...
Abstract
In this article, more than investing in a “classical” model as an effect of a place native from the cinema discourse, we are interest in problematizing the categories that the materiality of the concept suggests. To do so, we initially adopted Foucault’s work as a basis to discuss the way how, within the logic of genealogy and rupture, Godard singularly tensions the statute on which the assumptions about what an “individual creator” would be are sustained. Next, we analyze some materials produc ...
In this article, more than investing in a “classical” model as an effect of a place native from the cinema discourse, we are interest in problematizing the categories that the materiality of the concept suggests. To do so, we initially adopted Foucault’s work as a basis to discuss the way how, within the logic of genealogy and rupture, Godard singularly tensions the statute on which the assumptions about what an “individual creator” would be are sustained. Next, we analyze some materials produced by the director, showing that what characterizes Godard as a rupture director would be implied in two movements: first, the one of the opposition by the discourse of the “director”, and second, the one regarding a way of composition sustained by the tireless search for what would be the “specificity” of cinema or even of the cinema image. Less than suggesting something that alludes to the irremovable authenticity of a field, we understand that Godard works with image in the sense of its absence – and, therefore, in a constant need for creation not only of the image, but of the very concept of image. ...
Resumen
En este artículo, antes que invertir en un modelo “clásico” como efecto de un lugar originario del discurso cinematográfico, nos interesa problematizar las categorías que insinúa la materialidad del concepto. Para ello, inicialmente, tomamos como base el trabajo de Foucault para discutir el modo como, en la lógica de la genealogía y de la ruptura, Godard tensiona, de manera singular, el estatuto bajo el cual se sustentan las suposiciones acerca de lo que sería un “creador individual”. Seguidame ...
En este artículo, antes que invertir en un modelo “clásico” como efecto de un lugar originario del discurso cinematográfico, nos interesa problematizar las categorías que insinúa la materialidad del concepto. Para ello, inicialmente, tomamos como base el trabajo de Foucault para discutir el modo como, en la lógica de la genealogía y de la ruptura, Godard tensiona, de manera singular, el estatuto bajo el cual se sustentan las suposiciones acerca de lo que sería un “creador individual”. Seguidamente, analizamos algunos materiales producidos por el director, mostrando que aquello que caracterizaría Godard como un director de ruptura estaría implicado en dos movimientos: primero, en aquel del rechazo por el discurso del “director” y, segundo, en aquel que atañe a una forma de composición sustentada por la búsqueda, incansable, de lo que sería la “especificidad” del cine o inclusive de la imagen cinematográfica. Así, menos que sugerir algo que remita a la autenticidad inquebrantable de un campo, entendemos que Godard opera con la imagen en el sentido de su ausencia – y, de este modo, en una necesidad constante de creación no apenas de la imagen, sino del proprio concepto de imagen. ...
Contido em
ETD: Educação Temática Digital. Campinas. Vol. 18, n.3 (abr./jun. 2016), p. 437-457
Origem
Nacional
Coleções
-
Artigos de Periódicos (40281)Ciências Humanas (6919)
Este item está licenciado na Creative Commons License