Investigações a partir dos artefatos visuais construídos pelos aprendizes

Abstract

O presente estudo parte de interrogações sobre algumas frases repetidas pelos aprendizes nas minhas aulas de artes do Ensino Fundamental: “eu não sei pintar” e “a cor estraga meu trabalho”. Através dessa premissa, que considerei um forte assunto de pesquisa, realizei entrevistas, debates, pesquisas nos artefatos visuais do cotidiano, práticas artísticas e análises das construções imagéticas dos aprendizes. A idéia que persigo diz respeito a uma nova percepção do olhar sobre os artefatos visuais cromáticos do cotidiano tais como roupas, logomarcas, imagens de revistas, papéis de balas etc, entendendo que esses artefatos são de grande relevância para a compreensão da estrutura da comunicação visual, um poderoso agente para análises discursivas. De acordo com os resultados dessas novas significações experienciadas e racionalizadas pelos aprendizes através das cores e das imagens, investigo as suas abordagens e faço correlações aos escritos de Fernando Hernández, um dos principais expoentes no assunto cultura visual. Ao final do trabalho, exponho as possibilidades de outras significações sobre as narrativas que permeiam a visualidade através das novas formas de posicionamentos e opiniões perante a sua compreensão e a sua atuação na disciplina de artes visuais.