Desemparedando : potencialidades dos espaços externos em escolas de educação infantil Jardins de Praça de Porto Alegre
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Data
2016Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
Esse trabalho analisou as potencialidades dos espaços externos em três Escolas Municipais de Educação Infantil Jardim de Praça de Porto Alegre. O objetivo foi investigar as possibilidades e as potencialidades, os limites, os recursos e os usos dos pátios nessas Escolas e também se existe alguma relação da Escola para com as praças públicas onde elas estão situadas. A investigação considerou, para as análises, os eixos norteadores das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infa ...
Esse trabalho analisou as potencialidades dos espaços externos em três Escolas Municipais de Educação Infantil Jardim de Praça de Porto Alegre. O objetivo foi investigar as possibilidades e as potencialidades, os limites, os recursos e os usos dos pátios nessas Escolas e também se existe alguma relação da Escola para com as praças públicas onde elas estão situadas. A investigação considerou, para as análises, os eixos norteadores das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI/2009): a brincadeira e as interações. A pesquisa envolveu uma abordagem qualitativa em educação, a partir de um estudo de caso múltiplo, cujos procedimentos foram: 1) análise documental curricular nacional e municipal sobre os espaços na educação infantil; 2) identificação do contexto de atendimento dessa etapa em Porto Alegre e da origem e concepção dos Jardins de Praça nessa cidade; 3) levantamento bibliográfico sobre o espaço como elemento curricular; 4) observação e registro fotográfico em três escolas jardins de praça e 5) entrevista semi-estruturada com Professoras e Direções das Escolas observadas e com Assessora da mantenedora. A revisão bibliográfica aponta a importância da brincadeira “na rua” para as crianças moradoras de grandes centros urbanos (BROWN, 2006). O espaço é considerado como uma “estrutura de oportunidades” que podem ser “estimulantes” ou “limitantes” (ZABALZA apud FORNEIRO, 2008) e ele deve ser composto de vários lugares (BRUNER, 2013). Os muros e o entorno da Escola também devem ser considerados como transmissores de mensagens da cidade para as crianças (FERNANDES e ELALI, 2008), sendo que nos pátios e nas praças existem oportunidades de aprendizagem tão significativas quanto nos ambientes internos (HORN e GOBATTO, 2015). As análises apontaram, a partir dos dados gerados pelas entrevistas, que existem algumas especificidades e características em atuar nessas Escolas hoje em dia: o espaço físico interno e externo, a localização em meio a uma praça, o atendimento em turno parcial em alguma delas, a concepção histórica desses lugares, a população urbana e não periférica que é atendida nessas Escolas e ainda a quantidade pequena de crianças e famílias que circulam na Escola, comparado a outras da Rede. A pesquisa constatou algumas relações que são estabelecidas com a praça pública em que as Escolas jardins de praça estão situadas, em diferentes compreensões de responsabilidades, interações e usos pelas famílias, comunidade, crianças e Professoras. As análises identificaram quais espaços, brinquedos e recursos estão sendo ofertados nas áreas externas para as crianças, que promovam possibilidades para brincar e interagir de forma espontânea e também em propostas dirigidas pelas Professoras, apontando a função pedagógica que as equipes das Escolas observam nos pátios e praças durante a jornada escolar. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em Docência na Educação Infantil.
Coleções
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Ciências Humanas (1951)
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