Fatores relacionados ao retardo da extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Abstract

Objetivo: Identificar variáveis clínicas e cirúrgicas relacionadas ao retardo na extubação endotraqueal de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca, e verificar o tempo de internação na unidade de terapia intensiva e hospitalar. Métodos: Estudo retrospectivo e transversal, realizado por meio de análise de prontuários de pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca, no período de março de 2012 a maio de 2013. Resultados: Foram analisados 116 pacientes, a maioria do sexo masculino com média de idade de 57±14 anos, 52,6% realizaram revascularização do miocárdio. O tempo mediano de ventilação mecânica (VM) foi de 15,25(7,66-23,68) horas. Foram correlacionados com maior tempo de VM: idade (r=0,5; p<0,001), comorbidades (r=0,344; (p<0,001), tempo de circulação extracorpórea (r=0,244; p=0,008), tempo de uso de sedação e analgesia contínua (r=0,607; p<0,001), soma das doses sedativas e analgésicas (r=0,4; p<0,001), tempo de uso de droga vasoconstritoras (r=0,711; p<0,001), tempo de uso de droga vasodilatadora (r=0,368; p<0,001), volume de drenagem da 1ª hora (r=0,201; p<0,031), tempo de permanência com drenos (r=0,445; p<0,001) e a soma de complicações do pós-operatório (r=0,524; p<0,001). Ainda óbito, e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI) e hospitalar. Conclusão: Nossos dados confirmam que tanto variáveis pré-cirúrgicas, como do trans e pós-operatório podem influenciar em um maior tempo de VM e consequentemente maior tempo de permanência na UTI e hospitalar.