Efetivação da participação dos pais da comunidade escolar para uma gestão democrática

Abstract

Como gestora de escola pública da rede municipal de ensino de Sant‟Ana do Livramento, ingressei no Curso de Especialização Escola de Gestores – IV Edição na intenção de aprimorar meus conhecimentos sobre Gestão Escolar e aplicá-los na escola infantil municipal onde trabalho, analisando a possível aplicabilidade de uma proposta de participação dos pais na vida escolar dos seus filhos. O objetivo: que estes não percebam a escola infantil apenas como uma “creche”, lugar de “cuidar e alimentar” enquanto os pais trabalham. Percebe-se que a comunidade escolar é mista em questões culturais e com um perfil de pais muito jovens – normalmente casos de primeiro filho. Isso torna a questão da maturidade (ou imaturidade) dos pais uma situação que pode ser desfavorável à compreensão do ato educativo na creche, descaracterizando, muitas vezes, o preparo e a qualificação dos educadores. Assim, o grande objetivo desta proposta foi engajar os pais no ato de participar dos acontecimentos cotidianos da escola que escolheram para seus filhos, mesmo sendo estes bebês (de zero a dois anos). É importante perceber que a escola tem uma proposta pedagógica alicerçada nos PCN da Educação Infantil e que seus Planos de Estudos compreendem o desenvolvimento infantil por meio de trabalhos direcionados a várias áreas, sendo elas cognitivas, psicomotoras e afetivo-sociais. Dentre vários autores estudados, cito PARO e GANDIN, que trazem um aparato bastante consistente sobre Participação e Gestão Democrática. Quanto ao método, utilizei-me da pesquisa-ação, que encerra o conceito de que o objetivo maior deve ser algo que não se encerre na pesquisa, mas que gere novas pesquisas. Do conteúdo analisado, percebo que é possível, sim, construir a participação desejada, mas é preciso partir de um gestor que realmente se identifique com as questões democráticas, que tenha um diálogo claro, aberto e preciso com sua comunidade escolar, usando sempre de respeito e justiça social. É possível perceber uma grande mudança na participação da comunidade escolar, que hoje não se preocupa tão somente com a chegada de pareceres descritivos em data agendada, mas em chegar diariamente à sala de aula e ter conversas pertinentes às melhorias que todos desejamos para uma Educação de Qualidade.