Citocinas e a modulação da resposta imune durante a infecção pelo HIV : suscetibilidade à infecção e progressão para a AIDS
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Data
2016Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Resumo
Décadas se passaram desde que os pesquisadores iniciaram investigações sobre a patogênese da infecção pelo HIV. Atualmente, é possível identificar vários desfechos clínicos após a exposição ao vírus, entre eles estão indivíduos expostos não infectados e indivíduos que após a infecção progridem rápida ou lentamente para a aids. No entanto, a identificação de fatores que permitam diferenciar e monitorar estes desfechos continua um desafio. Neste contexto, citocinas parecem ser marcadores promisso ...
Décadas se passaram desde que os pesquisadores iniciaram investigações sobre a patogênese da infecção pelo HIV. Atualmente, é possível identificar vários desfechos clínicos após a exposição ao vírus, entre eles estão indivíduos expostos não infectados e indivíduos que após a infecção progridem rápida ou lentamente para a aids. No entanto, a identificação de fatores que permitam diferenciar e monitorar estes desfechos continua um desafio. Neste contexto, citocinas parecem ser marcadores promissores de acompanhamento da progressão para a aids. Neste estudo, avaliamos indivíduos HIVpositivo fenotipicamente (níveis plasmáticos das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL- 17A, TNF-α, IFN-γ) e geneticamente (variantes polimórficas) com o objetivo de contribuir para o melhor entendimento da patogênese da infecção e trazer novas perspectivas às questões clínicas e terapêuticas. Nossos resultados sugerem uma associação entre o aumento dos níveis plasmáticos de IL-6 e IL-10 no estágio pré-aids em progressores rápidos (p<0,05) e lentos para a aids (p<0,05). Assim, o aumento dos níveis de IL-6 e de IL-10 podem indicar um estado inflamatório crítico, podendo ser utilizados como marcadores do curso da infecção em indivíduos HIV-positivo. Os genótipos IL10-592 AA+AC (OR 1.89, IC 95% 1,10-3,14, p<0,01) e IL17A-692 TC+CC (OR 1.61, IC 95% 0,99-2,71, p<0,05) foram associados à susceptibilidade a infecção pelo HIV em indivíduos eurodescendentes. Além disso, quando analisados em conjunto, SNPs nos genes IL4, IL6, IL10 e TLR9 mostraram efeitos aditivos significativos (p<0,01). Já em indivíduos afrodescendentes, observou-se um efeito protetor dos genótipos TLR9-1237 TC+CC (OR 0.47, IC 95% 0,23-0,96, p = 0,038), e um efeito epistático significativo entre TLR9 e IL4 (p<0,01). Estes resultados contribuem para a compreensão dos mecanismos envolvidos na resposta imune à infecção pelo HIV. Nossas análises mostram que a origem étnica tem grande influência nas associações entre as variantes genéticas e os desfechos da infecção pelo HIV. Adicionalmente, verificou-se que análises de interação gênica, avaliadas através da redução multifatorial de dimensionalidade (MDR), contribuem para a compreensão dos efeitos dos SNPs e podem ser muito úteis na identificação de redes gênicas que influenciam na susceptibilidade e/ou em diferentes cursos clínicos da infecção pelo HIV. ...
Abstract
Decades have passed since researchers began investigations on the pathogenesis of HIV infection. Currently, it is possible to identify many clinical outcomes after exposure to the virus, which includes individuals exposed but uninfected, and rapid or slow progressors to AIDS. However, the identification of factors that allows to differentiate and monitor these outcomes remains a challenge. In such context, cytokines seem to be promising markers for monitoring the progression to AIDS. This study ...
Decades have passed since researchers began investigations on the pathogenesis of HIV infection. Currently, it is possible to identify many clinical outcomes after exposure to the virus, which includes individuals exposed but uninfected, and rapid or slow progressors to AIDS. However, the identification of factors that allows to differentiate and monitor these outcomes remains a challenge. In such context, cytokines seem to be promising markers for monitoring the progression to AIDS. This study evaluated phenotypically (plasmatic levels of cytokines IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17A, TNF-α, IFN-γ) and genetically (polymorphic variants) HIV-positive individuals as a contribution to a better understanding of the pathogenesis of infection and bring new perspectives to clinical and therapeutic issues. Our results suggest an association between increased serum levels of IL-6 and IL-10 in the pre-AIDS stage for rapid progressors (p<0.05), and for slow progressors to AIDS (p<0.05). Thus, the increase of IL-6 and IL-10 levels may indicate a critical inflammatory condition, and they can be used as course markers of infection in HIV-positive individuals. The genotypes IL10-592 AA+AC (OR 1.89, 95% CI 1.10-3.14, p<0.01) and IL17A-692 TC+CC (OR 1.61, 95% CI 0.99-2.71, p <0.05) have been associated with susceptibility to HIV infection in European-descendents individuals. Moreover, when analyzed together, SNPs in genes IL4, IL6, IL10 and TLR9 showed significant additive effects (p <0.01). Already in African-descendant individuals, a protective effect was observed in genotypes TLR9-1237 TC+CC (OR 0.47, 95% CI 0.23-0.96, p=0.038) and a significant epistatic effect between TLR9 and IL4 (p<0.01). These results contribute to the understanding mechanisms involved in the immune response to HIV infection. Furthermore, the analysis show that ethnic origin has a heavy influence on associations between genetic variants and the outcomes of infection by HIV. The interaction through the multifactor dimensionality reduction (MDR) contributed to the understanding the SNP effects and can be very useful to identify genes which has influence on susceptibility networks and / or different clinical courses. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular.
Coleções
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Ciências Biológicas (4138)
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