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"Que ela possa reger as duas terras, que ela possa conduzir todo o vivente" : uma análise da teogamia de Hatshepsut como Filha de Amon
dc.contributor.advisor | Vargas, Anderson Zalewski | pt_BR |
dc.contributor.author | Lazzarotto, Gabriella | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2016-11-10T02:19:49Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2016 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/149541 | pt_BR |
dc.description.abstract | Dentro do contexto faraônico a ideologia de gênero determinava lugares muito definidos para o que era esperado do masculino e do feminino. Esta divisão, no entanto, não acarreta um prejuízo de direitos para as mulheres como ocorre em culturas onde o masculino é predominante. Uma explicação para isto é que a ideologia de gênero egípcia corresponde a um sentido cosmogônico do gênero, de recriação do mito. Assim, a mulher não é apenas uma mulher, mas a personificação de uma deusa, ao mesmo tempo que, o homem é a personificação de um deus. Como tais assumem os valores inerentes a estas divindades que são forças da natureza e devem ser honradas enquanto tal. As representações das deusas dentro dos mitos egípcios não lhes furtam direitos, bem ao contrário, acabam por valorizar o feminino. Embora esta seja uma análise ainda parcial sobre o tema, a concepção do feminino no Egito valorizava e conferia direitos às mulheres, tal como o de tornar-se faraó. A grande questão que nos colocamos, no entanto, é até que ponto este direito era realmente aceito pela sociedade egípcia. Pesam sobre o argumento a baixa quantidade de mulheres que ocuparam o título de faraó em proporção com os homens, porém a grande importância conferida às rainhas, e particularmente no caso da faraó Hatshepsut, a posterior depredação de algumas das suas inscrições. Seria um ataque pessoal, uma vingança do faraó Tutmósis III contra aquela que haveria usurpado o seu trono? Ou um apagamento deliberado de seu nome por não ter sido considerada digna de ocupar o trono do Alto e Baixo Egito, como ocorrido com Akhenaton? Ou ainda uma terceira hipótese? Teria ou não este acontecimento relação com uma questão de gênero? Estas são questões que muito preocupam os egiptólogos e que fazem com Hatshepsut seja sempre tão importante dentro da Egiptologia. A necessidade de legitimar-se fez com que a Soberana das Duas Terras constituísse para si uma descendência divina (teogamia), como Filha de Amon, que ultrapassou as tentativas de eliminar seus vestígios no passado para na atualidade vir a contar-nos um pouco de sua história. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Mulher | pt_BR |
dc.subject | Gênero | pt_BR |
dc.subject | Faraós | pt_BR |
dc.title | "Que ela possa reger as duas terras, que ela possa conduzir todo o vivente" : uma análise da teogamia de Hatshepsut como Filha de Amon | pt_BR |
dc.type | Trabalho de conclusão de graduação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001004907 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2016 | pt_BR |
dc.degree.graduation | História: Bacharelado | pt_BR |
dc.degree.level | graduação | pt_BR |
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