Marcas de insetos em vertebrados do Triássico do Rio Grande Do Sul
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2013Tutor
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Tipo
Resumo
Icnofósseis em tecidos ósseos provocados pela ação de insetos são comumente registrados em vertebrados do final da Era Mesozoica e da Era Cenozoica. Até o momento o mais antigo registro deste tipo de atividade data do Triássico Médio (Cenozona de Dinodontosaurus) em um úmero de Dinodontosaurus da Sequência Santa Maria 1 da Bacia do Paraná. No presente trabalho registra-se novos traços produzidos por insetos em seis espécimes de vertebrados procedentes das Sequências Santa Maria 1 e 2. Uma perfu ...
Icnofósseis em tecidos ósseos provocados pela ação de insetos são comumente registrados em vertebrados do final da Era Mesozoica e da Era Cenozoica. Até o momento o mais antigo registro deste tipo de atividade data do Triássico Médio (Cenozona de Dinodontosaurus) em um úmero de Dinodontosaurus da Sequência Santa Maria 1 da Bacia do Paraná. No presente trabalho registra-se novos traços produzidos por insetos em seis espécimes de vertebrados procedentes das Sequências Santa Maria 1 e 2. Uma perfuração ovóide, de 3mm de diâmetro, na epífise distal do fêmur de Chanaresuchus bonapartei (UFRGS-PV-0087-T), um proterocampsídio do Triássico Médio (Cenozona de Santacruzodon, Sequência Santa Maria 1). Na Cenozona de Hyperodapedon, 4 espécimes com traços foram coletados no afloramento “Sítio Janer”, na cidade de Agudo. Uma mandíbula articulada de um indivíduo adulto de Exaeretodon riograndensis (UFRGS-PV-1177-T), apresentando dois canais irregulares com algumas estrias isoladas. Uma tíbia isolada de um indivíduo jovem de Exaeretodon riograndensis (UFRGS-PV-1194-T), que apresenta dois sulcos de até 7,7mm de largura e estrias pontuadas. Um dinossauro ainda não identificado (UFRGS-PV-1099-T) que apresenta o maior número de morfótipos de icnofósseis: uma vértebra com uma perfuração circular de 3mm de diâmetro e um sulco de até 3,81mm; o fêmur direito com perfurações e canais variando entre 4 e 6mm; um metatarsal apresentando um sulco de até 7,2mm; e trilhas de estrias arqueadas. Outro dinossauro ainda não identificado (UFRGS-PV-1240-T) apresenta uma perfuração circular 4mm associada destruição óssea. Na Cenozona de Riograndia, do topo desta mesma sequência, um material composto por diversos fragmentos, possivelmente um arcossauro (MMACR- PV- 012 – T), coletados próximo ao município de Candelária apresenta perfurações de até 4,3 mm de largura. Os morfótipos recorrentes observados nestes espécimes são estrias de diferentes padrões; perfurações rasas ovóides, com aproximadamente 3mm de maior eixo e menos de 1,5mm de profundidade; e perfurações de até 6mm largura. Tais traços evidenciam uma interação inseto/vertebrado para o Triássico Médio e Superior além da presença de um ou mais grupos de insetos osteófagos ainda sem registro de fósseis corpóreos para a Sequência Santa Maria 1 e 2. Atualmente cupins e besouros dermestídeos são os principais agentes de modificação óssea e atingem as carcaças nos últimos estágios de decomposição. Os agentes produtores das marcas analisadas podem ser caracterizados como dermestídeos, do grupo Dermestini, e com padrões ainda indeterminados, alguns semelhantes a cupins. A hipótese de que dermestídeos primitivos sejam os verdadeiros autores destas marcas é corroborada pela proposta da origem do grupo durante o início do Mesozoico e pela presença de icnofósseis do grupo em ossos de dinossauros do Jurássico Superior. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
Colecciones
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