Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorKnauth, Daniela Rivapt_BR
dc.contributor.authorMacedo, Juliana Lopes dept_BR
dc.date.accessioned2008-07-15T04:13:07Zpt_BR
dc.date.issued2008pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/13386pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho pretende explorar a construção científica do conceito de morte encefálica e a maneira como ele foi incorporado na prática médica. Até 1968, do ponto de vista biológico, o que determinava a morte do corpo era a parada cardíaca. Descobertas como o coma dépassé (um estágio de coma considerado irreversível) e o ventilador mecânico (que substitui o sistema respiratório) tornaram possível que pacientes antes considerados mortos, sobrevivessem por um período indeterminado. Aliada a esta questão, temos técnicas mais avançadas de cirurgias de transplantes de órgãos, mas um número escasso de órgãos que podem ser transplantados. Desse modo, em 1968 foi formado um Comitê pela Escola de Medicina de Harvard que definiu o coma dépassé como morte encefálica. A fim de compreender a operacionalização da morte encefálica na prática médica, foram entrevistados médicos que atuam em Unidades de Terapia Intensiva e médicos que pertencem a equipes de transplantes. Os dados obtidos junto aos informantes demonstram que a morte encefálica é um conceito envolto em ambigüidades e incoerências. A morte encefálica é referida como a morte técnica em oposição à morte natural, não significa a morte biológica do corpo, e representa uma situação de liminariedade, na qual o “ser” nesta condição não é mais o que era antes do evento da morte encefálica (uma pessoa, um paciente), mas ainda não adquiriu o status de morto, pois o coração permanece funcionando. Além disto, foi verificado que o conceito de morte encefálica não está isento de interesses dos atores envolvidos nesta questão. Estes interesses revelam as posições de cada ator no campo médico, e as estratégias usadas para legitimar ou subverter o conceito. Nesse sentido, pretendi contextualizar a morte encefálica enquanto um conceito produzido na esfera científica, demonstrando que ele é datado e localizado social e historicamente. Assim, a morte encefálica só faz sentido na sociedade moderna e ocidental, na qual a ciência tem uma importante centralidade na definição de “verdades”.pt_BR
dc.description.abstractThis paper intends to explore the scientific construction of the concept of the brain death and the way it was incorporated on the medical practices. Untill 1968, from the biological point of view, what determined the death of the body was the cardiac arrest. Discoveries such as the dépassé coma (a stage of coma considered to be irreversible) and the artificial ventilating (thats substitutes the respiratory system) made possible that pacients that before would be considered death to survive for an indeterminate period of time. Allied to this question, there are more developed techniques of organ transplant surgeries, but a scarce number of organs that can be transplanted. This way, in 1968 the Harvard Medical School Comitee was formed and it defined the dépassé coma as brain death. To try to understand how the brain death acts on the medical practices, doctors that work on the Intensive Care Units and those who belong to trannsplant´s teams were interviewed. The data obtained from the informers show that the brain death is a concept that is involved on ambiquities and incoherences. The brain death is related as technical death in opposition to the natural death, it doesen´t mean biological death of the body, and it represents a situation of uncertain on which the “being” on this conditions is no longer what it was before the event of the brain death (a person, a pacient), but still hasn´t acquired the status of death, since the heart is still working. Besides that, it was verified that the concept of brain death is not exempt of the interests of the actors involved on this question. This interests reveal the positions of each actor on the medical field, and the strategies used to legitimize or to subvert the concept. On this sence, I intended to put a context on the encefálica death as a concept produced on the scientific area, showing that it is dated and located socially and historically. Thus, the brain death only makes sence on modern and occidental society, on which the science plays an important central role on the definition of the “truths”.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAntropologia socialpt_BR
dc.subjectMorte encefálicapt_BR
dc.subjectTransplante de órgãospt_BR
dc.subjectAntropologia da saúdept_BR
dc.titleA subversão da morte : um estudo antropológico sobre as concepções de morte encefálica entre médicospt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000642562pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2008pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples