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dc.contributor.advisorBalbinotto Neto, Giacomopt_BR
dc.contributor.authorCardoso, Larissa Barbosapt_BR
dc.date.accessioned2016-02-26T02:05:19Zpt_BR
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/132933pt_BR
dc.description.abstractO objetivo desta tese é analisar a influência do preço dos alimentos sobre o crescimento da obesidade no Brasil e avaliar os efeitos de uma política baseada no preço como instrumento de prevenção da obesidade. Essas questões foram analisadas em três ensaios que utilizam da estrutura econômica, baseada no princípio de racionalidade econômica, para compreender as escolhas individuais quanto à ingestão e gasto calóricos e a dinâmica do ganho de peso dos brasileiros. O ensaio 1 identifica as principais mudanças no índice de massa corporal (IMC) dos brasileiros e estima a contribuição dos preços dos alimentos a partir dos métodos de distribuição relativa e de decomposição contrafactual. Verificou-se que, concomitante ao aumento da obesidade, um deslocamento para a direita da distribuição do IMC revelando: a) uma maior densidade de indivíduos nas regiões de sobrepeso e obesidade; e b) um aumento do IMC mediano uma maior dispersão em torno deste. Os resultados indicaram que o aumento de preço observado entre 2002 e 2009 foi importante para conter o avanço da obesidade. Contudo, o efeito dessa variação (efeito nível) foi inferior àquele verificado para a mudança do impacto dos alimentos sobre o IMC (efeito estrutura). Os preços de alimentos como refrigerantes, carne e leite integral mostraram-se bastante significativos. Por outro lado, a renda e os anos de estudo contribuíram positivamente para o aumento do IMC no período analisado. Considerando os efeitos obtidos para o preço de refrigerantes sobre o IMC, bem como sua associação positiva do consumo desta bebida com obesidade, os ensaios 2 e 3 avaliaram os efeitos individuais e agregados, respectivamente, da adoção uma política de saúde baseada no aumento de impostos sobre bebidas açucaradas. No ensaio 2, adotou-se o modelo de duas partes para estimar as elasticidades preço demanda, as quais indicaram que o aumento do preço de bebidas açucaradas (refrigerantes e sucos) reduz o consumo, especialmente dos grupos que mais consomem destas bebidas. O resultado sobre o peso apresentou magnitude modesta, porém esta medida mostrou-se relevante na prevenção da obesidade, dado que maiores perdas de peso foram observadas na faixa próxima ao IMC correspondente à obesidade. Os efeitos em termos agregados foram simulados a partir do modelo de preços derivado da matriz de insumo produto, e os resultados mostram que uma política tributária sobre refrigerantes tende a gerar poucos efeitos adversos para a economia, com redução da produção do referido setor e daqueles diretamente inter-relacionados sendo compensada pelo aumento na produção de outros setores. O mesmo foi observado para o emprego, que apresentou variação positiva. No que se refere ao consumo, dado que em termos individuais o aumento tributário de 10% contribui para reduzir o consumo em 6,1%, a despesa de consumo agregado das famílias sofreria redução de 2,1%, com maior redução verificada na faixa de renda intermediária. Diante disso, conclui-se que a redução no preço dos alimentos mais calóricos observada nos últimos anos teve impacto sobre o peso dos brasileiros, e portanto, poderia ser levada em consideração na estruturação de políticas públicas para o combate à obesidade.pt_BR
dc.description.abstractThe objective of this thesis is to analyze the influence of the price of food on the growth of obesity in Brazil and to assess the effects of a policy based on price as a prevention instrument against obesity. These issues were analyzed in three essays that make use of the economic structure, based on the principle of economic rationality, in order to understand individual choices about calorie intake and expenditure and the dynamics of weight gain of Brazilians. Essay 1 identifies the main changes in Body Mass Index (BMI) of Brazilians and estimates the contribution of food prices from the relative distribution method and of counterfactual decomposition. It was verified that, concomitant to the increase in obesity, there is a shift towards the right of the BMI distribution revealing: a) a greater density of individuals in the regions of overweight and obesity; and b) an increase of the medium BMI a major dispersion around this. The results indicated that the price increases observed between 2002 and 2009 were important to contain the advance of obesity. However, the effect of that variation (level effect) was lower than that observed for the change of the impact of food on BMI (structure effect). The prices of foods such as soft drinks, meat and whole milk showed to be quite significant. On the other hand, income and years of study contributed positively for the increase of the BMI in the analyzed period. Considering the effect obtained for the price of soft drinks on BMI, as well as the positive association of consumption of this type of beverage with obesity, essays 2 and 3 evaluated the individual and aggregate effects, respectively, of the adoption of a health policy based on the increase of taxes on sugary drinks. In essay 2, the two part model was adopted in order to estimate the price-demand elasticity, which indicated that the price increase of sugary drinks (soft drinks and juices) reduce the consumption, especially of the groups that most consume these beverages. The result on weight presented a modest magnitude; however this measure showed to be relevant in the prevention of obesity, since the greater weight losses were observed in the group nearest to the BMI corresponding to obesity. The effects in aggregate terms were simulated parting from the price model derived from the product input matrix, and the results show that a tax policy on soft drinks tends to generate few adverse effects for the economy, with a production reduction of that sector and those directly interrelated being offset by increased production in other sectors. The same was observed for employment, which presented a positive variation. Regarding consumption, since in individual terms the 10% tributary increase contributed to reduce consumption in 6,1%, the aggregate consumption expenditure of households would suffer a reduction of 2.1%, with greater reductions observed in the middle-income range. Therefore, it is concluded that the reduction in the price of high-calorie foods observed in recent years has had an impact on the weight of Brazilians, and therefore, could be taken into account in the structuring of public policies for the fight against obesity.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoengpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectObesityen
dc.subjectObesidadept_BR
dc.subjectPolítica de saúdept_BR
dc.subjectBody mass indexen
dc.subjectFood priceen
dc.subjectSugar-sweetened beverage taxen
dc.subjectSSB elasticity priceen
dc.titleEssays on economics of obesity and food prices : theory and evidences for Brazilpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000982857pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Ciências Econômicaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Economiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2015pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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