Educação inclusiva : um estudo a partir de uma proposta inclusiva alemã

Abstract

A pesquisa tem como objetivos reconhecer práticas inclusivas no dia-a-dia da sala de aula e da escola, baseadas nos princípios pedagógicos inclusivos alemães, e analisar as práticas educativas dos professores que atuam junto a alunos com necessidades educacionais especiais na sala de aula do ensino regular. O referencial teórico assenta-se nos princípios pedagógicos inclusivos dos educadores alemães Hans Wocken (2003), Andréas Hinz e Inês Boban (2005), incluindo uma retrospectiva histórica do movimento de integração/inclusão escolar e algumas práticas individualizadas de ensino no cenário europeu, além de uma análise de práticas inclusivas no cotidiano da sala de aula e da escola a partir da individualização do ensino e do sistema de bidocência. A investigação empírica volta-se para o trabalho desenvolvido por nove professores do Ensino Fundamental, nas séries de 5ª a 8ª, de uma escola regular. Através de entrevistas, reuniões de estudo, observações de aula, entrevistas semi-estruturadas e testemunhos, procura fazer uma análise de conteúdo, na perspectiva de três eixos norteadores: (1) alunos com necessidades educacionais especiais, em que se analisa a dimensão da nomenclatura, ou seja, o que é para o professor um aluno com necessidade educacional especial e qual a importância do diagnóstico no seu trabalho em sala de aula; (2) atendimento aos alunos em sala de aula, em que se examinam as dimensões de individualização dos alvos, da didática, da avaliação, o sistema de bidocência e a redução numérica, evidenciando um currículo com possibilidade de adaptações, práticas diferenciadas em sala de aula e trabalho do professor de apoio; e (3) reflexão sobre a prática cotidiana, relativamente a condições de trabalho, benefícios, dificuldades e expectativas educacionais, em que se buscam retratar as vivências e os sentimentos dos professores no trabalho e suas expectativas em relação aos alunos e à escola. Conclui-se propondo algumas considerações, como, por exemplo, a práxis da inclusão como um princípio de toda escola e não somente de algumas pessoas; a importância do trabalho em equipe, a fim de que se possam atender todos os alunos e não somente uma parcela; a adaptação da escola tanto em recursos físicos e materiais, como em atendimento curricular, oferecendo um conjunto de situações que favoreçam o desenvolvimento de todos os alunos nas diferentes áreas do conhecimento.

This study aims at spotting daily inclusive practices in the school and in the classroom, based on German inclusive pedagogical principles, as well as analyzing educative practices of teachers who work with students with special educational needs in the classroom of regular schools. Concerning its theoretical reference, it is based on the inclusive pedagogical principles of the German educators Hans Wocken (2003), Andréas Hinz and Inês Boban (2005), including a historical review of the school integration/inclusion movement and some individualized teaching practices in the European setting, as well as an analysis of inclusive practices in the classroom and school routines from the perspective of teaching individualization and bi-instruction system. The empiric investigation approached the work developed by nine teachers of Primary School, from 5th to 8th grade in a regular school. Through interviews, study meetings, classroom observation, semi-structured interviews and testimonials, it attempts to analyze content from the perspective of three guiding axes: (1) students with special educational needs, in which it is analyzed the dimension of nomenclature, i.e., what it means for a teacher a student with special educational needs and how important is the diagnosis in his/her classroom work; (2) assistance to students in the classroom, in which it is examined the dimensions of individualization of targets, didactic, assessment, bi-instruction system and numeric reduction, focusing on a syllabus with possibilities for adaptations, differentiated practices in classroom and supporting teacher’s work; and (3) reflections on daily practice, concerning educational working conditions, benefits, difficulties and expectations, in which it was attempted to portrait the experiences and the feelings of teachers in their work and their expectations regarding students and school. As a conclusion, some considerations are proposed, such as the inclusion praxis as a principle of every school, and not only of some people; the importance of team work, in order to assist all students, and not only a part of them; adaptation of the school both in material and physical resources and syllabus assistance, offering a setting that favors the development of all students in the various areas of knowledge.

Diese Forschung hat das Ziel die Praxis der Inklusion im Alltag des Unterrichts und der Schule zu erkennen, begründet mit den deutschen pädagogischen Prinzipien der Inklusion, und die Unterrichtspraxis der Lehrer, die mit Schülern besonderen Lernbedüfnisse im Unterricht eines regelmässigen Lernprozesses umgehen, zu analysieren. Der theoretische Bezugspunkt beruht auf den “Pädagogischen Prinzipien der Inklusion” von Hans Wocken (2003), Andréas Hinz und Inês Boban (2005), die einen geschichtlichen Rückblick auf die Bewegung der schulischen Integration und Einschluss und einige individuelle Experimente in der Schulpraxis in Europa gestalten, und auch eine Analyse der Praxis der Inklusion im schulischen Alltag und im Unterricht, ausgegangen von dem individuellen Lehr- Lernprozess und im Bi- Dozenten-System. Die empirische Untersuchung wendet sich an neun Lehrer der fünften bis zur achten Klasse einer regelmässigen Schule. Durch Interwiews, pädagogische Sitzungen und Erfahrungsaustausch versucht sie eine Inhaltsanalyse zu gestalten in einer Perspektive drei gestellte Ziele: (1) Schüler mit besonderen Lernbedürfnissen: man erfährt wie umfangreich dieser Ausdruck ist; (2) Das Entgegenkommen der Schüler im Unterricht: man untersucht die konkrete Auswirkung in der Didaktik, in der Evaluation, im Bi-Dozenten- System und in der Reduzierung der Schülerzahl im Klassenraum. Davon ausgehend, adaptiert man den Lehrplan, gestaltet den Unterricht verschieden und setzt einen zweiten Dozenten als Hilfskraft ein; (3) Die Überlegung über die tägliche Alltagspraxis: die Arbeitsverhältnisse, Vorteile, Schwierigkeiten und Bildungserwartungen, indem man die Erlebnisse und die Gefühle der Lehrer in ihrer Arbeitserwartungen gegenüber der Schüler und der Schule schildert. Unser Vorschlag ist, die Praxis der Inklusion sollte ein Prinzip jeder Schule und nicht nur Initiative einiger Menschen sein; damit man allen Schülern entgegenkommt und nicht nur ein Teil, ist die Gruppenarbeit sehr wichtig; die räumliche und die materielle Anpassung und Ausstattung der Schule, sowie einen geeigneten Lehrplan sind nötig, damit die Entwicklung aller Schüler in den verschiedenen Bereichen der Kenntnis geboten und ermöglicht wird.