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dc.contributor.advisorMarcello, Fabiana de Amorimpt_BR
dc.contributor.authorFaust, Daiane Cristinapt_BR
dc.date.accessioned2015-12-12T02:40:44Zpt_BR
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/131062pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa inspira-se em questionamentos levantados por discentes de Ensino Fundamental e Médio acerca da atribuição do adjetivo “filosófico” a determinadas obras popularmente conhecidas como literárias. O objetivo desta dissertação é, justamente, problematizar a rigidez da categorização de obras como sendo ou de ordem filosófica, ou literária, dada a compreensão de que tal processo resulta no enclausuramento dos campos e, consequentemente, no seu empobrecimento. Deste modo, questiona-se: em que sentido ou quais sentidos pode-se operar cruzamentos entre filosofia e literatura? Inicio o trabalho com uma discussão mais ampla sobre filosofia e arte, tomada a partir da relação de tais campos com a noção de verdade. Nesta direção, pergunto: sobre que bases se sustenta uma aparente dificuldade em pensar o casamento entre filosofia e arte como algo capaz de produzir conhecimento? Em seguida, examino as condições de possibilidade de aproximação entre filosofia e literatura, entendida aqui como um tipo específico de arte. Para tanto, considero argumentos contrários e favoráveis à inter-relação dos domínios. Por fim, apresento uma escrita pragmática, na tentativa de pensar o encontro entre filosofia e literatura. Trata-se de uma leitura filosófica realizada a partir de três obras literárias contemporâneas, a saber, A ignorância (2000), de Milan Kundera, A elegância do ouriço (2006), de Muriel Barbery, e Desonra (1999), de J. M. Coetzee. Assumo como chave de leitura aquilo que chamo de “palavra-silêncio”, isto é, uma palavra repleta de não-ditos, mas que não se reduz à ausência de som, pois o silêncio que nela repousa é, antes de tudo, percebido como potência. A conclusão deste trabalho sustenta que é possível pensar o encontro entre filosofia e literatura, à medida que compreendemos a filosofia como um trabalho crítico do pensar que se volta para si (FOUCAULT, 1998) e a literatura não como algo oposto à realidade, mas sim como um desdobramento desta.pt_BR
dc.description.abstractThis research was inspired by questionings raised by elementary, middle and high school students over the attribution of the adjective "philosophical" to particular works popularly known as literary. The main objective of this dissertation is precisely to problematize the inflexibility of the classification of works as being either philosophic or literary, given the comprehension that such process should result in the cloistering of those fields and, consequently, in their impoverishment. Thus, the question arises: in which sense can we operate crossings between literature and philosophy? I initiate this study with a broader discussion over philosophy and art, starting from the relations of these fields with the notion of truth. In this direction, I question: on what sort of foundations is sustained an apparent difficulty in thinking the union between philosophy and art as something capable of producing knowledge? Subsequently, I examine the possibility of approximating philosophy and literature, the latter understood here as an specific kind of art. To this end, I consider contrary and favorable arguments to the inter-relation of these domains. Ultimately, I present a pragmatic writing, in an attempt at thinking the encounter between philosophy and literature. It's a philosophical reading conducted by three contemporary literary works, namely, The Ignorance (2000), by Milan Kundera, The Elegance of the Hedgehog (2006), by Muriel Barbery, and Disgrace (1999), by J. M. Coetzee. I assume as a reading key something that I call "silence-word", that is, a word full of non-said things, but that isn't simply an absence of sound, as the silence that it constitutes is, above all, seen as potency. The conclusion of this study maintains that it is possible to think the encounter between philosophy and literature, as we comprehend philosophy as a critical work of thought upon itself (FOUCAULT, 1998) and literature not as something opposed to reality, but as an unfolding of it.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPhilosophyen
dc.subjectFilosofiapt_BR
dc.subjectArtept_BR
dc.subjectArten
dc.subjectLiteratureen
dc.subjectLiteraturapt_BR
dc.subjectTruthen
dc.titleFilosofia e literatura : como pensar o encontro?pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000979693pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2015pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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