Interação entre a responsividade ao estresse e a sensibilidade à insulina na resposta à saciedade e ao comportamento alimentar
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2014Advisor
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Abstract in Portuguese (Brasil)
Introdução: O estilo de vida moderno proporciona uma grande exposição a eventos estressores e uma maior disponibilidade e facilidade de consumo dos alimentos hiperpalatáveis. O aumento da exposição ao estresse propicia, na maioria da vezes, aumento do consumo de comfort foods (alimentos ricos em açúcar e em gordura) e redução da ingestão de frutas e vegetais. Dessa forma, a obesidade pode estar relacionada com alterações comportamentais e metabólicas da resposta ao estresse. O objetivo desse tr ...
Introdução: O estilo de vida moderno proporciona uma grande exposição a eventos estressores e uma maior disponibilidade e facilidade de consumo dos alimentos hiperpalatáveis. O aumento da exposição ao estresse propicia, na maioria da vezes, aumento do consumo de comfort foods (alimentos ricos em açúcar e em gordura) e redução da ingestão de frutas e vegetais. Dessa forma, a obesidade pode estar relacionada com alterações comportamentais e metabólicas da resposta ao estresse. O objetivo desse trabalho é estudar a interação entre os níveis de cortisol, associados à responsividade ao estresse, e a sensibilidade à insulina na resposta da saciedade e nas práticas do comportamento alimentar. Métodos: Vinte e quatro adolescentes participaram da avaliação do comportamento alimentar com aplicação do Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) e tiveram o sangue coletado para medir a insulina sanguínea. A saliva foi coletada antes, logo após e 30 minutos após exposição ao estresse para a medida de cortisol. Também foi avaliada a classificação da saciedade percebida antes e após um lanche padronizado. Resultados: Foi encontrada uma interação entre a responsividade ao estresse e a sensibilidade à insulina no comportamento alimentar. Observou-se um aumento da alimentação emocional na medida em que aumentou a responsividade ao estresse nos indivíduos com resistência à insulina (B = 15,227 P = 0.015). Essa interação não ocorreu para os outros tipos de alimentação medidos pelo DEBQ, restritiva (P = 0,689) e externa (P = 0,582), e nem para saciedade induzida pelo lanche (P = 0,074). Conclusão: Este trabalho sugere a importância do perfil metabólico relacionado à sensibilidade à insulina no entendimento do efeito do cortisol sobre o consumo emocional. O conhecimento dessa interação pode ser importante no manejo da obesidade, uma vez que esta condição geralmente apresenta-se em concomitância com a resistência à insulina. Portanto, o uso de alimentos confortantes em resposta ao estresse pode ser um fator perpetuador da obesidade nestes indivíduos. Desenvolver estratégias não alimentares para lidar com o estresse, em conjunto com a orientação nutricional adequada parece ser fundamental para o controle do ganho de peso nessa população hiperesponsiva. ...
Abstract
Introduction: The modern lifestyle provides a large exposure to stressful events and a better availability and easiness of consuming hyperpalatable food. The increasing exposure to stress induces, most of times, the increase of the comfort foods consumption and the decrease of fruits and vegetables ingestion. Thereby, obesity can be related to behaviour and metabolic modifications in response to stress. The aim of this study is to investigate the interaction between cortisol levels, related to ...
Introduction: The modern lifestyle provides a large exposure to stressful events and a better availability and easiness of consuming hyperpalatable food. The increasing exposure to stress induces, most of times, the increase of the comfort foods consumption and the decrease of fruits and vegetables ingestion. Thereby, obesity can be related to behaviour and metabolic modifications in response to stress. The aim of this study is to investigate the interaction between cortisol levels, related to the responsiveness to stress, and the sensibility to insulin in satiety response and feeding behaviour. Methods: Twenty-four teenagers were enrolled in the feeding behaviour assessment by the application of the Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) and biochemistry evaluation based on blood insulin. The salivary cortisol quantities were collected before, shortly after and 30 minutes after the exposure to stress. Meal-induced satiety was evaluated by measuring subjective feelings of hunger before and after a standard snack. Results: In this study, it was found an interaction between the response to stress and the sensibility to insulin in the eating behaviour. There was a raise of emotional feeding as the responsiveness to stress increased in insulin resistant individuals (B = 15,227 P = 0.015). This interaction did not occur either at the other types of eating measured by the DEBQ, restrictive (P = 0,689) and external (P = 0,582), or in the satiety induced by the meal (P = 0,074). Conclusion: This study demonstrates that the metabolic profile related to insulin sensitivity was decisive to elicit the cortisol effect on the emotional consumption. The knowledge about this interaction can be important in obesity management, considering that this disease is often seen in concomitance with insulin resistance; the chronic, recurrent use of “comfort foods” to relieve stress symptoms can be a perpetuator factor of obesity in these individuals. Developing non-feeding strategies to deal with stress, allied with a reasonable nutritional orientation appears to be fundamental to control the weight gain on this population. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
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