Efeito da espasticidade sobre a qualidade muscular dos flexores plantares do tornozelo em indivíduos pós-acidente vascular cerebral
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Data
2012Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
INTRODUÇÃO. A espasticidade é caracterizada por um distúrbio incapacitante decorrente de lesões do sistema nervoso central (congênitas ou adquiridas), que afetam o sistema muscular esquelético e impossibilitam o desenvolvimento das funções motoras normais. A espasticidade provoca alterações na postura e na locomoção em seu estágio inicial, e contraturas, rigidez, luxações, dor e deformidades em estágios mais avançados. Devido à dificuldade para análise direta de dados estruturais e funcionais d ...
INTRODUÇÃO. A espasticidade é caracterizada por um distúrbio incapacitante decorrente de lesões do sistema nervoso central (congênitas ou adquiridas), que afetam o sistema muscular esquelético e impossibilitam o desenvolvimento das funções motoras normais. A espasticidade provoca alterações na postura e na locomoção em seu estágio inicial, e contraturas, rigidez, luxações, dor e deformidades em estágios mais avançados. Devido à dificuldade para análise direta de dados estruturais e funcionais de músculos espásticos, estudos nesta área ainda são escassos. Conhecer de que forma a estrutura muscular é alterada pela espasticidade é fundamental para uma ação eficaz no tratamento dessa desordem do sistema nervoso central. OBJETIVO. Avaliar os efeitos da espasticidade na relação entre o volume muscular e a capacidade de produção de força voluntária - qualidade muscular - de indivíduos espásticos pós-acidente vascular cerebral. MATERIAIS E MÉTODOS. Participaram desse estudo doze indivíduos com hemiparesia espástica decorrente de acidente vascular cerebral (idade = 61,8 ± 11,4 anos; massa corporal = 79,3 ± 13,66 kg; estatura = 170,0 ± 0,03 cm) com níveis de espasticidade entre 1 e 3 de acordo com a escala de Ashworth Modificada, e doze indivíduos saudáveis (idade = 59,8 ± 5,0 anos; massa corporal = 75,3 ± 12,6 kg; estatura = 166,0 ± 0,1 cm). A capacidade de produção de força isométrica voluntária máxima e o volume muscular em repouso dos músculos flexores plantares do membro espástico (ME) e do membro saudável contralateral (MS) nos indivíduos espásticos, e o membro direito (MC) dos indivíduos saudáveis foram avaliados sob a perspectiva da qualidade muscular. Uma ANOVA de um fator com post-hoc de Bonferroni foi utilizada para comparação dos parâmetros avaliados (α=0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO. O volume muscular foi menor (p<0,001) nos indivíduos espásticos em comparação com os indivíduos saudáveis, sem diferenças entre o lado afetado e não-afetado no grupo espástico. Já a capacidade de produção de força foi menor (p<0,001) no membro-afetado em relação ao membro não-afetado no grupo espástico, e ambos apresentaram valores reduzidos em comparação aos indivíduos saudáveis. Por último, a qualidade muscular foi menor (p<0,002) no membro afetado em relação ao não-afetado do grupo espástico, que não apresentou diferenças quando comparada a qualidade muscular dos indivíduos saudáveis. Estes resultados apontam que: (1) indivíduos espásticos apresentam menor volume muscular e capacidade de produção de força; (2) outros fatores, além das propriedades morfológicas musculares contribuem para a desordem motora da espasticidade, como possíveis alterações no padrão de ativação muscular. CONCLUSÃO. Na hemiparesia espástica decorrente de AVC, a menor capacidade de produção de força no membro afetado não pode ser explicada por diferenças no volume muscular. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Curso de Educação Física: Bacharelado.
Coleções
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TCC Educação Física (1194)
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