Limites, inovações e desenvolvimento nos relacionamentos de redes de pequenas empresas no Rio Grande do Sul

Abstract

As firmas atuando em redes de cooperação são mais do que a simples soma dos seus elementos constituintes. De certa forma, uma vez formada, a rede de cooperação pode ser encarada como se fosse uma nova firma, ou seja, uma nova coordenadora de atividades com um conjunto novo de conhecimentos, recursos, capacidades e competências. Entretanto, após a formação da rede, o desenvolvimento dessa está condicionado a superar os limites internos e externos a elas impostos. Para superar esses limites é preciso que a rede modifique com sucesso as rotinas já estabelecidas, ou seja, através da inovação. É assim com as firmas individuais, porém será diferente com as redes de cooperação? Assim, o objetivo desse trabalho é identificar como ocorre a trajetória de crescimento das redes de cooperação de pequenas empresas, apresentando o trinômio limites-inovação-desenvolvimento. Foram estudados quatro casos de redes de cooperação de pequenas empresas do Rio Grande do Sul. Verificou-se que o ramo de atuação da rede é determinante para a seqüência de ações em conjunto, já que houve diferenças entre a indústria e o comércio. A diferença está na natureza do negócio, ou seja, quais as competências centrais que as diferentes redes precisam dominar para manterem-se competitivas. Os casos também apontam para a grande orientação das mesmas para realização de inovações organizacionais e de marketing. Esses dois tipos de inovação envolvem menor complexidade para sua execução, consequentemente menores impactos nos negócios também. Porém são importantes para ampliação de alguns limites, principalmente àqueles relacionados com a coordenação da rede. Devido aos maiores riscos e a complexidade relacionados com as inovações de produtos/serviços e de processos, as redes precisam estruturar seu sistema de gestão e desenvolver competências relacionadas com gestão de projetos e do conhecimento.

Firms working together as business networks are more than a simple sum of their players. In some way, once it formation, a business network can be seen as a new firm, in other words, a new activities coordinator with a new knowledge, resources, capabilities, and competences. But after formation, the development of the arrangement must surpass its internal and external limits. To surpass the limits, it must change with success its routines by innovation. It happens with the individual firms, but is it different in business networks? So the objective of this master thesis is to identify how the trajectory of growth happens in business networks of small enterprises, introducing the relation limits-innovation-development. Four cases of business networks in the state of Rio Grande do Sul were researched. The results show that nature of business is determinative in the sequence of activities done together by the business networks. The difference is in the nature of the business, and witch central competences the business networks must detain to keep themselves competitive. The cases also had showed the great orientation to the organizational and marketing innovations. Those two types of innovation have less complexity to execution, so forth less impact in their business too. However these types of innovation are important to surpass some kinds of limits, specially the coordinating limits of the business networks. Technological innovations as new products/services and process are more risky and complexity so the business networks should improve their management competences, as project and knowledge management.