Perfil epidemiológico dos neonatos de mulheres brancas e negras em Porto Alegre/RS de 2015 a 2018

Abstract

Objetivo: este estudo teve por objetivo analisar o perfil epidemiológico dos neonatos de mulheres brancas e negras no município de Porto Alegre/RS, nos anos de 2015 a 2018. Método: trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de delineamento transversal e retrospectivo, realizado com base nos dados secundários disponíveis no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Resultados: Do total de 70.775 neonatos, 73,8% são de mulheres brancas e 26,2% de mulheres negras; 76,8% são de mulheres na faixa etária entre 16 e 34 anos, mulheres negras possuem mais chances de gestação precoce e mulheres brancas de gestação tardia, quando comparados os dois grupos; neonatos de mulheres negras há uma chance maior de pais nos extremos de idade; 54,7% das mulheres não possuem companheiro. Observaram-se, de acordo com a estratificação raça/cor, há diferenças no perfil epidemiológico dos neonatos. Considerações finais: A variável raça/cor materna deverá ser considerada ao se avaliar e se planejar estratégias e ações que visem a qualidade da assistência ao neonato.

Objective: This study aimed to analyze the epidemiological profile of neonates of white and black women in the city of Porto Alegre/RS, in the years 2015 to 2018. Method: this is a descriptive epidemiological study, with a transversal and retrospective design, carried out based on secondary data available in the Live Birth Information System. Results: Of the total of 70.775 neonates, 73.8% are white women and 26.2% are black women; 76.8% are women aged between 16 and 34 years old, black women are more likely to have an early pregnancy and white women of late pregnancy when the two groups are compared; neonates of black women there is a greater chance of parents at the extremes of age; 54.7% of women have no partner. It was observed, according to race/color stratification, there are differences in the epidemiological profile of neonates. Final considerations: The maternal race/color variable should be considered when evaluating and planning strategies and actions aimed at the quality of care for the newborn.